Os futebolistas e a equipa técnica da AS Roma, liderada pelo português Paulo Fonseca, renunciaram a quatro meses de salário, devido à pandemia da Covid-19, que obrigou ao adiamento das competições.
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Em comunicado, a AS Roma, quinta classificada da liga italiana, refere que "os jogadores, o treinador principal, Paulo Fonseca, e a equipa técnica disponibilizaram-se para renunciar ao salário, para ajudarem a fazer face à crise económica que tomou conta do mundo do futebol, desde a pandemia da Covid-19".
O equipa romana acrescenta ainda que "os jogadores e a equipa técnica também concordaram em pagar coletivamente a diferença salarial dos funcionários da AS Roma que foram colocados em "lay-off", de forma a que recebam o salário líquido regular".
O diretor-executivo do clube, Guido Fienga, já elogiou o comportamento dos jogadores e equipa técnica: "Sempre falámos muito da união do clube e este comportamento evidencia isso mesmo, que estamos todos juntos".
"Edin Dzeko [capitão da equipa], todos os jogadores e o Paulo mostraram que entendem o que o clube representa, só podemos agradecer-lhes, também pelo gesto que tiveram para com os nossos funcionários", refere Fienga.
A equipa prescindiu dos salários de março, abril, maio e junho, mas caso a época ainda recomece será negociado um plano de pagamentos.
Também a administração da AS Roma prescindirá, segundo Guido Fienga, "de uma percentagem dos salários, para ajudar o clube".
A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 160 mil mortos, mais de 23 mil dos quais em Itália, e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 483 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 714 pessoas das 19.685 registadas como infetadas.