Paulo Fonseca, em comunicado, fez um apelo para que o Benfica e o Braga não vendam jogadores ao futebol russo por questões éticas relacionadas com a guerra na Ucrânia.
Corpo do artigo
"Durante esta última semana tenho lido que o Benfica e o meu Braga estão a considerar vender o Chiquinho e Tormena a clubes russos. O Benfica que, de forma exemplar, tem desenvolvido campanhas de ajuda à Ucrânia desde o início da guerra, e o meu Braga, comandado por pessoas sensíveis e com corações enormes. Não quero acreditar. Recuso-me a fazê-lo", pode ler-se no comunicado de Paulo Fonseca.
O antigo treinador do Braga e do F. C. Porto e atual técnico do Lille recorda o exemplo do Sassuolo, quando um clube russo tentou comprar o defesa Rogério. "O clube italiano recusou-se a entrar em negociações e afirmou que por questões éticas relacionadas com a guerra [na Ucrânia] jamais o faria (...) Lanço um apelo para o Benfica e o meu Braga seguirem o exemplo do Sassuolo", acrescenta o técnico.
"Eu sei que o tempo passa e as pessoas tendem a já não ouvir muito as notícias relacionadas com a guerra na Ucrânia. Mas todos os dias a Rússia continua a matar pessoas e principalmente crianças inocentes, se calhar algumas delas em casa enquanto assistem a algum jogo de futebol. Uma coisa eu sei, se o Benfica e o meu Braga fecharem negócios com os clubes russos esse dinheiro virá a pingar com o sangue das crianças que morrem todos os dias na Ucrânia. E muitas delas amavam o futebol", conclui Paulo Fonseca.