O motard português Paulo Gonçalves (Honda) subiu, esta segunda-feira, à segunda posição da geral do rali Dakar de todo-o-terreno, atrás do espanhol Marc Coma (KTM), apesar de ter sido apenas 15.º na oitava etapa.
Corpo do artigo
Os agora dois primeiros da geral beneficiaram dos problemas com a moto do ex-líder, o espanhol Joan Barreda (Honda), que perdeu muito tempo logo no recomeço da segunda metade da etapa maratona, que ligou Uyuni, na Bolívia, e Iquique, no Chile.
Assim, Coma, que foi nono na especial de 784 quilómetros, passou a liderar a prova, com 9.39 minutos de avanço sobre Paulo Gonçalves.
Depois de ter vencido a primeira especial Paulo Gonçalves foi apenas 15.º classificado na etapa, a 12.17 de Quintanilla, criticando a organização devido às dificuldades que existiam no terreno.
"Choveu torrencialmente a noite toda, o salar estava completamente cheio de água, inundado, era um salar com 135 quilómetros. A maioria dos pilotos não queriam correr, por condições de segurança, não se via a mais de 100 metros, tínhamos uma altura de água no salar com cerca de 10 a 15 centímetros e andávamos a uma velocidade de cerca de 170 km/h", disse.
Paulo Gonçalves disse que, tal como ele, "muitos pilotos tiveram problemas", revelando que a sua moto "parou no salar e durante a 'especial'".
"Mas felizmente consegui chegar ao final, houve pilotos que não conseguiram chegar e alguns deles foram evacuados para o hospital com hipotermia. É uma pena que seja assim, para se fazer a vontade a alguns se ponha a segurança dos pilotos de parte", lamentou.
A etapa foi ganha pelo chileno Pablo Quintanilla (KTM), em 8:16.19 horas, menos 11 segundos do que o espanhol Juan Pedrero (Yamaha) e 12 face ao eslovaco Stefan Svitko (KTM).
Ruben Faria foi o melhor português na tirada, na 10.ª posição, a 7.44 minutos do vencedor, num dia em que Hélder Rodrigues também teve problemas e apresentava um atraso de mais de três horas.
Na terça-feira, corre-se a nona especial, já com os carros novamente em ação, depois de um dia de descanso, com os concorrentes a terem uma especial de 451 quilómetros, entre Iquique e Calama, no Chile.