Pedro Proença, presidente da Liga, esteve na Thinking Football Summit e revelou os objetivos para o terceiro e último mandato ao comando dos destinos do futebol profissional português.
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Proença destacou a necessidade de consolidar a marca do futebol português no panorama internacional, além de revelar outros aspetos que considera serem fundamentais para o crescimento, como a centralização dos direitos audiovisuais.
“O terceiro mandato será de afirmação enquanto marca, a marca do futebol português. Vamos fazer o que já devia ter sido feito há 20 anos: internacionalizar uma marca, centralizar os direitos audiovisuais, consolidar o nosso posicionamento com algo fundamental para nós, que é trabalhar para o adepto. Temos de perceber que o perfil de consumidor de futebol se alterou. No processo pós-pandémico, a forma como os jovens consomem futebol é diferente. Não entender isto é não revitalizar a indústria. A nós, dirigentes, cabe-nos essa função”, explicou o dirigente.
O presidente destacou ainda a importância das medidas de aproximação dos adeptos aos estádios e os resultados práticos que já são possíveis de observar.
"Esta campanha com o Continente possibilitou colocar no mercado os bilhetes a 50% do seu valor e conseguimos também na Allianz Cup reduzir em 50%. Outra medida importante foi não termos jogos a começarem depois das 20.45 horas. Os dados da quarta jornada são demolidores. Duplicamos em tempo homólogo as assistências nos estádios. O objetivo deste ano é ultrapassar a fasquia de 4,7 milhões de adeptos nos estádios e isso vai ser claramente conseguido. Temos de criar boas e melhores experiências para o adepto”, assumiu.
Relativamente à centralização dos direitos audiovisuais, Pedro Proença defende que a necessidade de tomar medidas neste contexto para permitir o crescimento do futebol português. “Portugal está 20 anos atrasado nesta matéria. A mim preocupa-me o que temos perdido de qualidade por não estar centralizado. O que vamos conseguir, a principal vantagem, é a qualidade do produto que vamos entregar, na melhor experiência para o adepto”, explicou, reforçando que “com os valores atuais, nenhum clube vai perder com este modelo”.
“Se no primeiro ciclo isso é assegurado, nos outros vamos criar riqueza para os clubes. Tem-se falado sobre a perda de mercado de direitos internacionais. Isso acontece porque este modelo não está centralizado”, vincou o líder.