O central lançou o duelo dos oitavos frente à Eslovénia, que se disputa no dia 1 de julho, em Frankfurt, às 20 horas. Foi solidário com António Silva e considerou que o dissabor frente à Geórgia não terá desanimado os adeptos: "sentimos o carinho e tenho a certeza que vão estar connosco contra a Eslovénia", disse.
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Pepe começou a intervenção por deixar uma mensagem de força à família de Manuel Fernandes, glória do Sporting e antigo internacional português que faleceu na quinta-feira.
"Quero deixar uma palavra à família do Manuel Fernandes, ao Tiago, o filho dele, que tive a oportunidade de conhecer, os meus sentimentos para todos", articulou o defesa central.
O experiente central disse ter falado com António Silva, mas não detalhou quais foram os conselhos dados ao jovem central que teve uma exibição menos conseguida na derrota frente à Geórgia: "Em várias ocasiões já dissemos que somos uma família e temos de olhar por todos, só que obviamente que não vou falar do conteúdo dessa conversa".
Pepe analisou, ainda, os diferentes sistemas da linha defensiva da seleção nacional portuguesa que têm gerado muito burburinho em torno dos adeptos: "Primeiramente, acho que há muita dúvida sobre os três centrais, linha de cinco ou de quatro, mas acho que o mais importante quando nós atacamos uma equipa muito fechada é ter essa flexibilidade que o mister fala tanto. Trabalhamos muito isso. É difícil atacar uma equipa com 11 jogadores atrás da linha da bola. Cabe a nós continuar a acreditar no processo e continuar a trabalhar mais forte para encontrar os espaços que há no jogo e poder explorar da melhor maneira possível", explicou.
Já o final da carreira não é uma preocupação e mostrou-se focado no presente, garantindo que o combustível para continuar a jogar é "a paixão" que tem pelo futebol. "Já disse várias vezes o privilégio que tenho em me levantar e fazer aquilo que mais gosto, com muita concentração, competitividade e tudo o que coloco em cada ação tanto no treino como no jogo. Ainda não pensei sobre isso", declarou.
Nessa linha, e encorajado, o jogador mais velho a atuar em fases finais de Europeus, com 41 anos, relatou um pouco daquilo que faz de diferente relativamente aos jogadores mais novos: "Eu estou sempre perto das máquinas de gelo e de recuperação e por isso os nossos fisioterapeutas dizem que eu sou praticamente o dono das máquinas. Sei que não recupero tão rápido como um jovem de 20 anos, mas tento fazer o meu melhor para estar sempre disponível para o meu treinador", garantiu.
Pepe acredita, ainda, que o dissabor não terá desmoralizado os adeptos portugueses e conta com o apoio já no próximo desafio: "Mesmo com a derrota com a Geórgia sentimos o carinho dos nossos adeptos e tenho a certeza que vão estar connosco contra a Eslovénia. Sabíamos que a caminhada não ia ser fácil, por muito que vocês dissessem que já estava ganho, não é assim, nós sabemos, há que jogar e o importante é estar preparado e à disposição para dar o melhor pelo nosso país", apontou.
E acrescenta: "Acho que perdemos quando devíamos perder e agora é preciso tirar lições dessa derrota, daquilo que não fizemos enquanto jogadores, se cumprimos à regra o que o mister pediu e tentar não errar no jogo seguinte. O grande desafio que temos é tentar melhorar sempre para poder continuar com o ciclo vitorioso que nós tivemos durante o apuramento".
A partir de 1 de julho o ciclo no F. C. Porto encerra e passa a ser um jogador livre. No entanto, este detalhe não orbita na cabeça do internacional português: "Eu não navego nisso, se não acho que vou ficar perdido [risos]. Não penso muito, sinceramente. O futuro a Deus pertence, eu tenho muitas coisas com as quais me preocupar no dia de hoje, como, por exemplo, vou defender os meus companheiros daqui a bocadinho nos treinos e como vou recuperar para o treino de amanhã. Essa é a minha preocupação", constatou.
Quanto à capacidade do jogo das "Quinas", Pepe lembrou as estatísticas da fase de grupos para frisar que "Portugal é das melhores seleções" nesse parâmetro e reforçou a importância do apoio vindo das bancadas.
"Desde o primeiro jogo aqui na Alemanha, como na última derrota, os adeptos estiveram sempre connosco. No primeiro jogo, frente à Chéquia, estivemos a perder, quando não merecíamos, e os adeptos continuaram a apoiar a nossa equipa. Se calhar foi essa confiança e essa energia que fez com que pudéssemos ter dado a volta ao resultado. Contamos com os nossos adeptos, vamos dar o nosso melhor para poder eliminar a Eslovénia. Sabemos que vai ser um jogo muito difícil para todos nós pela experiência do passado recente. É não voltar a cometer os erros que fizemos nesse jogo para podermos sair vencedores", expressou.
A receita para o duelo com a Eslóvenia "é simples: concentração competitiva", enquanto em que estão inseridas as "Quinas" não assusta e atirou para um objetivo: "Se eu pudesse escolher? Queria ser campeão outra vez. Com todo o respeito para as outras seleções, tanto de um lado como do outro, é isso que nós queremos, muito respeito. Sabemos que vai ser uma caminhada muito difícil, que vai ser duro para todos nós, mas temos de estar todos juntos", afirmou.
Por fim, houve tempo, também, para falar de um velho amigo: "O Cristiano vive de golos. É um facto, mas já viram que a disponibilidade que tem em campo para ajudar a seleção é incrível. É o jogador com mais minutos na nossa equipa, com 39 anos. Está muito bem, vai estar muito bem para esta fase final e tenho a certeza de que ainda nos vai dar muitas alegrias", concluiu.
Pepe não quis falar sobre o fim de ciclo na carreira, mostrou-se focado no presente e garantiu que o combustível para continuar a jogar é "a paixão" que tem pelo futebol. "Já disse várias vezes o privilégio que tenho em me levantar e fazer aquilo que mais gosto, com muita concentração, competitividade e tudo o que coloco em cada ação tanto no treino como no jogo. Ainda não pensei sobre isso", declarou.
Nessa linha, o central mais velho a atuar em fases finais de Europeus, com 41 anos, relatou um pouco daquilo que faz de diferença relativamente aos jogadores mais novos:"Eu estou sempre perto das máquinas de gelo e de recuperação e por isso os nossos fisioterapeutas dizem que eu sou praticamente o dono das máquinas. Sei que não recupero tão rápido como um jovem de 20 anos, mas tento fazer o meu melhor para estar sempre disponível para o meu treinador", garantiu.
Acredita, ainda, que o dissabor não terá desmoralizado os adeptos portugueses e conta com o apoio já no próximo desafio: "Mesmo com a derrota com a Geórgia sentimos o carrinho dos nossos adeptos e tenho a certeza que vão estar connosco contra a Eslovénia. Sabíamos que a caminhada não ia ser fácil, por muito que vocês dissessem que já estava ganho, não é assim, nós sabemos, há que jogar e o importante é estar preparado e à disposição para dar o melhor pelo nosso país", sustentou.