Pepê, jogador do F. C. Porto, concedeu uma entrevista à Sport TV na qual falou sobre a última época, o conflito com Vítor Bruno, as conversas com Sérgio Conceição, o compromisso com o presente e de uma eventual renovação pelos azuis e brancos: "Para mim seria ótimo", atirou.
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Numa entrevista que passou um olhar sobre a caminhada em Portugal, Pepê, de 28 anos, conta com quase 200 jogos de dragão ao peito e disse já ter absorvido o que é ser F. C. Porto.
"Sinto-me muito privilegiado em poder vestir esta camisola. E o sentimento que eu tenho ali é poder transmitir aquilo que os adeptos sentem fora da bancada, a gente tem que transmitir ali dentro. Então, consigo sentir esse apoio, toda essa motivação, essa inspiração deles para a gente poder transmitir dentro de campo", começou por dizer, em declarações à Sport TV, dando conta que entra para a temporada 2025/26 com outro ânimo.
"Sei que eu fiz uma época muito abaixo na época passada. Sei que as minhas próprias expectativas eram muito altas e, infelizmente, acabei por não as alcançar. Mas agora tenho o apoio de toda a equipa técnica, todos os meus companheiros e o trabalho está sendo muito intenso, muito positivo. Tenho a certeza de que vou dar o meu máximo para poder corresponder à altura daquilo que são as minhas expectativas".
O internacional brasileiro recordou, ainda, o conflito com Vítor Bruno, deu conta que desde então não voltaram a falar, mas mostra-se arrependido pelo desenrolar da situação.
"É uma pessoa por quem sempre tive um carinho enorme, foram muitos anos, não é? Foram quatro anos juntos, três como adjunto e o ano como treinador principal, é uma pessoa que sempre me ajudou, sempre procurou entender muito bem, entender muito aquilo que eram as minhas características dentro de campo e é uma pessoa que eu tive um carinho muito grande", proferiu, antes de considerar que o estado de espírito não ajudou.
"Infelizmente, por conta de tudo que estava a acontecer, da nossa fase má, da nossa época má, da minha cabeça, que não estava muito boa, acabou acontecendo tudo isso. Arrependo-me muito, hoje com a cabeça fria, a cabeça tranquila, eu disse que não faria algo do tipo, porque é uma coisa que não se deve fazer, sou um jogador profissional do clube e expor da maneira o clube.. (...) isso é uma maneira de dizer que o meu ponto de vista estava errado", completou.
O criativo tem na versatilidade um dos trunfos, que, de resto, valeu elogios de Sérgio Conceição, ao afirmar que se fosse selecionador do Brasil convocava-o para lateral: "Ele falava-me no balneário, falava que, se eu quisesse, poderia ser um dos melhores laterais-direitos do mundo, e eu ficava muito lisonjeado, muito feliz por isso, porque mostra que ele acreditava no meu trabalho, que acreditava em mim, então isso é uma coisa que me motivava ainda mais para poder trabalhar".
Nova época, vida nova
Depois de uma época que o próprio referiu ter começado mal logo na pré-época, Pepê já lavou a cara e está pronto para dar tudo o que tem neste novo virar de página.
"Estou a dedicar-me ao máximo para isso porque eu sei das minhas expectativas, sei daquilo que eu sou capaz, sei daquilo que eu posso ainda demonstrar dentro de campo e poder representar os adeptos, que eu sei que eles acreditam muito em mim, acreditam naquilo que é o meu trabalho e eu vou procurar ao máximo dar o meu melhor para poder retribuir todo esse carinho que eles têm por mim".
Já o trabalho de pré-época está a ser "duro" e "bem difícil", mas vê neste esforço bom espírito porque irão "colher esses frutos mais à frente" e classificou, ainda, as ideias do mister Farioli. "São muito boas, condizem com aquilo que são as características dos jogadores que nós temos. Então, cabe-nos fazer o máximo e seguir aquilo que ele pede para que possamos ter grandes resultados", explicou.
Pepê falou, ainda, do "sonho" de ser capitão que se poderá tornar realidade por "ser um dos mais velhos" e abordou uma renovação: "Para mim seria ótimo. Eu gosto muito do F. C. Porto. Gosto de jogar aqui. A minha família também gosta muito de viver aqui. Para mim seria um sonho."