As negociações estão suspensas, devido à pandemia, mas Pinto da Costa explica os valores do acordo para o novo nome do Estádio do Dragão. "No negócio que estávamos a fechar, o naming valia cinco a seis milhões por ano".
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Pinto da Costa afasta a possibilidade de ter o nome associado ao Estádio do Dragão e revela os valores que estão em cima da mesa para o acordo em relação ao "naming" do recinto portista. "Estádio com o meu nome? Não gostava. Por isso, gostava de o deixar já com o nome vendido. O nome dava jeito. Se já tiver vendido, não há possibilidade. Já podíamos ter concretizado o negócio. Os clubes vão ter necessidade de vender o naming dos estádios. No que estávamos a fechar, valia cinco a seis milhões por ano. Neste momento as negociações estão suspensas por causa da pandemia. Tinha conseguido uma coisa: tinha o nome da empresa e o Dragão. Seria Dragão qualquer coisa", explicou, à TVI 24.
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Na entrevista, Pinto da Costa falou sobre o primeiro-ministro, António Costa. "Dá a impressão que não gosto dele ou que tenho guerra com ele. Tenho a maior cordialidade, ainda recentemente o encontrei num restaurante e tivemos uma conversa agradável. É óbvio que não posso estar de acordo com todas as ações. Devemos estar todos unidos. Ele tem feito grande esforço, nem sempre como eu gostaria, para salvar o país. No que é a política do futebol, discordo totalmente", esclareceu, frisando que ficou "chocado" com a presença do primeiro-ministro na Comissão de Honra de Luís Filipe Vieira. "Choca-me que apoie um indivíduo que deve milhões a um banco que está a ir aos bolsos de milhões de portugueses".
O presidente do F. C. Porto explicou ainda a relação do filho Alexandre Pinto da Costa com o clube, negando quaisquer ligações. "O meu filho foi dirigente do F. C. Porto há muitos anos. Pediu a demissão porque no F. C. Porto há um princípio: quem está no ativo, não pode estar na política (...) Exerce a atividade de empresário de futebol. Faz negócios com muitos clubes, connosco não faz", salientou.