O presidente do F. C. Porto reagiu, esta quinta-feira, ao processo que o Conselho de Disciplina lhe instaurou por críticas à arbitragem do jogo com o Estoril, lamentando que não haja liberdade de expressão no desporto-rei português.
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À entrada para um jantar com adeptos entre os 18 e os 30 anos, que decorreu num restaurante na Foz do Porto, o líder da lista “Todos pelo Porto”, candidata às eleições de 27 de abril, falou como dirigente máximo dos dragões em exercício.
“Fico triste porque quando estamos próximos do 25 de Abril, que foi feito para termos muita liberdade, incluindo a de expressão, ao futebol ainda não chegou o 25 de Abril, mas não me preocupa nem afeta o meu trabalho. Tenho pena, sobretudo porque a presidente do Conselho de Disciplina estará, no dia 25, na Assembleia da República a festejar o dia da Liberdade e continuamos a não ter liberdade de expressão”, lamentou Pinto da Costa, que mantém a confiança na seriedade das pessoas que dirigem a arbitragem portuguesa.
“Continuo a dizer que o Conselho de Arbitragem é de uma seriedade intocável, tal como referi na entrevista à SIC. Nunca pus em causa a honestidade das pessoas, mas não ter o direito de analisar o trabalho quando um indivíduo [árbitro] faz um mau trabalho… é o que eu lhe digo: temos de fazer um 25 de Abril no futebol português e fico triste que seja uma deputada que está à frente do Conselho de Disciplina!”, acrescentou o líder dos dragões, que reagiu com humor aos processos disciplinares levantados a Diogo Costa e Francisco Conceição por alegados pontapés nas portas dos balneários do estádio do Estoril.
“Pontapés na porta? Julguei que era na bola, aí é que estávamos tramados. A isso nem respondo”, referiu, preferindo não fazer um balanço da campanha eleitoral – “tenho de continuar a gerir o clube e não tenho tempo para essas coisas” -, deixando, no final, uma palavra aos jovens com quem acabou por jantar.
“Que sejam felizes e que parte dessa felicidade seja encontrada no F. C. Porto”, pediu.