Michel Platini, suspeito de ter recebido da FIFA um "pagamento ilegal" de dois milhões de francos suíços (2,8 milhões de euros), afirma que a verba foi "totalmente declarada às autoridades e está conforme à lei suíça".
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O atual presidente da UEFA defende a sua inocência em carta enviada, esta segunda-feira, às 54 federações nacionais integrantes da União Europeia de Futebol e acrescenta que pediu à Comissão de Ética da FIFA para ser ouvido "para fornecer todas as informações suplementares que poderão ser necessárias para esclarecer a questão, caso seja necessário".
Na passada sexta-feira, a justiça suíça referia "uma pagamento suspeito (...) a favor de Michel Platini e em prejuízo da FIFA, alegadamente por trabalhos efetuados entre janeiro de 1999 e junho de 2002", o qual teria sido "efetivado em fevereiro de 2011".
Na carta às federações, Platini sublinha: "no período 1998 a 2002 fui contratado pela FIFA para trabalhar sobre um largo conjunto de questões relacionadas com o futebol". "Tratou-se de um trabalho a tempo total e as minhas funções eram conhecidas de todos", refere ainda o antigo futebolista francês.
"A minha remuneração foi acordada então e após pagamentos iniciais a verba final de dois milhões de francos suíços foi paga em fevereiro de 2011", reforça Platini.
O presidente da UEFA recorda que foi interrogado na sexta-feira, "não como pessoa acusada do quer que seja, mas simplesmente como pessoa chamada a prestar informações".
"Estou consciente de que estes acontecimentos são suscetíveis de causar dano à minha imagem e à minha reputação e, consequentemente, à UEFA, organização de que estou orgulhoso de ser presidente, pelo que quero usar toda a minha energia para que todos os problemas e mal-entendidos possam ser esclarecidos o mais depressa possível", escreve ainda o francês, candidato às eleições na FIFA de 26 de fevereiro próximo.