Novak Djokovic é um dos tenistas que, ao que tudo indica, não se vacinou contra a covid-19. Noutros desportos, houve jogadores a serem afastados da competição por não estarem imunizados.
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O tenista sérvio sempre colocou várias dúvidas em relação à vacinação contra a covid-19, além de defender a liberdade de escolha de cada atleta. Resultado: nunca admitiu estar imunizado contra a doença. E um dos torneios que a vacinação dos participantes é o Austrália Open e, por isso, surgiram muitas interrogações sobre a presença de Djokovic.
No entanto, o tenista sérvio recebeu uma isenção médica e vai poder competir no torneio. Essa isenção foi atribuída por dois painéis médicos independentes, depois de analisarem o pedido de Djokovic, mas o caso tem sido tudo menos pacífico e está a levantar várias críticas.
Entre elas do primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, ao anunciar que exige ao tenista Novak Djokovic uma prova de que a isenção médica é justificada. Caso contrário, será enviado para casa. "Não haverá regras especiais para Novak Djokovic. Nem um pouco", adianta.
Curiosamente, o ténis é dos desportos com menos atletas vacinados, cerca de 50%, segundo uma publicação do jornal norte-americano "New York Times". Em comparação, a NBA conta com 90%, o hóquei no gelo 85% e o futebol cerca de 95%. Stefanos Tsitsipas foi um dos tenistas que afirmou publicamente que não pretendia tomar a vacina, defendendo que não há garantias da existência de efeitos secundários. O mesmo se passou para Gilles Simon, que referiu que "quem não tem medo da covid-19 não toma a vacina".
Em várias modalidades, as instâncias desportivas colocam limitações aos jogadores não vacinados. Por exemplo, na NBA, em certos estados norte-americanos como em Nova Iorque, um atleta que não esteja inoculado não pode entrar nos pavilhões e, por isso, está proibido de competir. Mike Bass, porta-voz da Liga Norte-Americana de Basquetebol, já referiu que quem não respeitar estas normas não recebe salário pelos jogos que falhe.
Talvez o caso mais mediático tenha sido o de Kyrie Irving, que ainda não jogou pelos Brooklyn Nets esta temporada, sendo um dos mais bem pagos da equipa. O base podia competir em estados onde a vacinação não fosse obrigatória, mas por decisão da equipa tal ainda não aconteceu. No entanto, tudo indica que irá voltar em breve aos recintos e até poderá defrontar os Indiana Pacers, até porque os Nets têm vários jogadores em isolamento.
Andrew Wiggins, dos Golden State Warriors, foi outro dos basquetebolistas que inicialmente não pretendia vacinar-se, mas, entretanto, já mudou de ideias.
No futebol, um dos clubes com medidas mais restritas para não os vacinados foi o Bayern de Munique. Os alemães tinham cinco jogadores não inoculados: Serge Gnabry, Joshua Kimmich, Choupo-Moting, Jamal Musiala e Michael Cuisance (que foi transferido para o Veneza este mês). Devido às medidas implementadas pelo clube, por várias vezes este grupo ficou em isolamento devido a contactos com pessoas infetadas.
Segundo a lei alemã, as empresas podem cortar os salários de funcionários não vacinados que estejam em isolamento. Logo, estes jogadores viram o seu vencimento sofrer alterações, proporcionais ao tempo de quarentena que tiveram de passar.
O caso mais marcante foi o de Kimmich, um dos melhores jogadores do Mundo, que, após passar quase um mês sem treinar, contraiu a covid-19. Já com um teste negativo, o médio continuou afastado dos relvados por ter desenvolvido um problema pulmonar e espera-se que o regresso seja durante o mês de janeiro. Entretanto, mudou de opinião quanto à vacina e decidiu inocular-se.