A deslocação à Madeira, já amanhã, inicia um período de calendário terrível para as águias, que pode decidir parte substancial do sucesso da época. Os jogos com o Nacional (dia 14), Marselha (18), F. C Porto (21) e Braga (28) definem o rumo em três provas.
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Em apenas 15 dias, as águias irão jogar a permanência e a conquista de duas competições - Liga Europa e Taça da Liga -, além de muito do caminho no campeonato. O triunfo nos quatro confrontos deixaria o Benfica à beira do título, com seis pontos de avanço do Braga, o mais directo perseguidor, e com o moral reforçado, face à continuação na Liga Europa e nova demonstração de superioridade perante o tetracampeão nacional. A tarefa é, todavia, muito complicada.
Sem tempo para respirar ou mesmo treinar, Jorge Jesus continua a não conceder dúvidas sobre a prioridade da conquista da Liga. No entanto, o limite físico dos atletas impõe uma política de gestão de recursos cuidada, que se fará sentir já no confronto de amanhã (18 horas, Sport TV1) frente ao Nacional, na Choupana.
O treinador deve rodar pelo menos três elementos em relação ao último desenho. Quim, Carlos Martins e Fábio Coentrão tornam ao onze, mas é provável que também Éder Luís surja, num plano mais adiantado. Júlio César, Aimar, César Peixoto e mesmo Saviola podem descansar.
Resta, então, apurar o critério do responsável na viagem a Marselha, confronto que se realiza apenas três dias antes da final da Taça da Liga. Até ao momento, o treinador optou sempre por introduzir modificações mais profundas na maioria dos embates da prova mais jovem do calendário português.
Kardec e Éder Luís estrearam-se como dupla ofensiva em Alvalade, e Nuno Gomes também já alinhou ao lado do ex-Atlético Mineiro. Indicações que podem valorizar a presença de elementos menos utilizados no jogo da defesa do único título conquistado em 2008/2009. Contudo, resta apurar o eventual grau de influência da rivalidade histórica entre os clubes na doutrina estratégica do treinador. Noutro âmbito, o projecto de alteração de Estatutos do clube prevê um aumento do requisito de antiguidade para a elegibilidade dos elementos dos órgãos sociais que, no caso das lideranças, passa de cinco para 15 anos de sócio efectivo. Porém, ao que apurámos, a possibilidade de uma exigência superior - 25 anos -, foi defendida por cinco dos seis elementos da comissão. Uma medida que na prática apenas possibilitava a candidatura de associados com mais de 43 anos de idade.
Rui Costa não teria condições
Curiosamente, Rui Costa, actual director desportivo e apontado como possível candidato à presidência, a médio prazo, pelo próprio Luís Filipe Vieira, só reuniria o estatuto de elegibilidade em 2015. Um ano que não deverá admitir qualquer sufrágio, uma vez que o novo ordenamento aponta a ampliação do mandato de três para quatro anos - 2016 ou 2020. A tese, porém, acabaria por ser afastada.