Portistas jogam à procura de dar um passo, talvez decisivo, para os oitavos. Conceição castigado na Liga.
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Mês e meio depois da terrível derrota no Dragão com o Brugge (0-4), a equipa portista tem hoje a oportunidade de se redimir no reencontro com a equipa belga, num jogo em que uma vitória azul e branca, conjugada com um empate ou uma derrota do Atlético de Madrid diante do Leverkusen até poderá dar aos dragões a passagem à ronda seguinte da Champions.
"Temos, sem dúvida nenhuma, de fazer um jogo muito diferente, até porque o que aconteceu no Dragão não foi só mérito do Brugge. Só sendo fiéis ao que somos é que podemos competir ao mais alto nível. Vamos jogar para ganhar. Não há outro pensamento", disse Sérgio Conceição, na antevisão da partida. "O Brugge tem uma mentalidade ganhadora, uma dinâmica interessante e é consistente [é o único clube que ainda não sofreu golos nesta fase de grupos], mas, se a nossa equipa estiver bem, não tenho dúvidas de que poderá obter um bom resultado, que nos permita encarar o último jogo com a perspetiva de nos qualificarmos. É isso que queremos", acrescentou.
Conceição desvalorizou o eventual cansaço que a equipa portista poderá sentir hoje, depois de ter jogado mais de uma hora com 10 frente ao Benfica: "Isso não será desculpa. Somos um clube histórico e com peso nesta competição, mas não temos uma equipa muito experiente. Se o Pepe estivesse disponível, faria aqui o jogo 113 na Champions, mas o Fábio Cardoso só fez três até agora e o David Carmo fez quatro".
Castigo com indireta
A notícia de que Sérgio Conceição foi castigado por um jogo na Liga portuguesa, por ter sido expulso no clássico, surgiu com o treinador já em Brugge. Questionado sobre se chamou benfiquista ao árbitro João Pinheiro, o técnico portista reagiu assim: "Vou aproveitar para fazer esta declaração agora, porque se a fizer amanhã [hoje], depois dizem que a fiz por estar aziado, se perder, ou só por ter ganho. Assim, faço já. Agradeço à Bélgica, onde ganhei a Bota de Ouro e iniciei o meu curso de treinador. Agradeço ao Standard Liège e ao país, pela forma fantástica como me trataram, a mim e à minha família, nos cinco anos que aqui passei".