O relvado do Estádio Olímpico, em Sevilha, não está em boas condições e isso preocupa a seleção portuguesa que vai ter de adaptar-se o melhor possível a um terreno irregular e com algumas peladas.
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Apesar de a comitiva só partir este sábado para Espanha, o selecionador Fernando Santos está a par do problema, mas prefere esperar, primeiro, para ver "in loco" a irregularidade do piso antes de dar uma opinião. O relvado já afetou o rendimento da seleção espanhola, que jogou neste estádio durante a fase de grupos do Euro 2020, e esse terá sido um dos motivos que contribuiu para os maus resultados iniciais.
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Os jogadores espanhóis disseram, várias vezes, que não era um piso apropriado para uma competição como o Europeu e, após o duelo com a Suécia, queixaram-se que o relvado amarelou. De acordo com alguns especialistas, uma das explicações para a descoloração poderá estar relacionada com a decisão em cortar a relva de 26 para 22 milímetros. A partir daí, um grupo de jardineiros dedicou-se em exclusivo ao melhoramento das condições e até há quem garanta que a relva foi pintada para ter uma tonalidade uniforme.
Apesar do cuidado, há zonas que se mantêm com menos tufos mas, ironicamente, a UEFA deu nota máxima à qualidade do piso. A escolha do Estádio Olímpico para acolher o Euro 2020 só foi formalizada no fim de abril, depois de Bilbau, a opção inicial, ter recuado devido à covid-19. Por isso, os responsáveis tiveram pouco tempo para preparar o tapete.
A bola não rola de forma uniforme e um dos motivos que pode ter ajudado à deterioração do relvado é o calor que se tem feito sentir em Sevilha, a capital de Andaluzia. Na sexta-feira, a temperatura foi de 36 graus e o cenário promete repetir-se domingo, dia do Portugal-Bélgica. Aliás, o tempo quente persegue a seleção portuguesa. Em todos os duelos na fase de grupos, o termómetro esteve sempre acima dos 30 graus, inclusive em Munique, uma cidade habitualmente amena, onde as quinas defrontaram a Alemanha. Em Budapeste, nos últimos dias, estiveram quase 40 graus, uma das razões para a seleção optar pelo regresso à Cidade do Futebol, em Lisboa.
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