Depois de ter sido desterrado pela Red Bull, o Áustria Salzburgo confronta o clube que lhe ficou com quase tudo em 2005.
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Durante quase 20 anos, o antagonismo futebolístico a pairar sobre Salzburgo praticamente só sussurrou. Sentia-se aqui e ali, mas era abafado pela diferença de nível, de resultados e de poder dos dois clubes envolvidos. Enquanto o Red Bull Salzburgo construía uma hegemonia no campeonato principal, colecionava títulos e dava cartas na Liga dos Campeões, o Áustria Salzburgo dedicava-se apenas a sobreviver, empurrado pelo desejo de não deixar morrer o legado e a história que quiseram apagar.
Foi em 2005, quando a Red Bull começou a deixar de se contentar em ser apenas uma bebida energética e se atirou a uma série de clubes, a começar nas margens do Rio Salzach. Os planos ambiciosos – que se confirmaram, diga-se – convenceram a maioria dos adeptos, mas a intenção de apagar todo o passado, desde o nome às cores, foi demais para outros. Por isso, o SV Áustria Salzburgo, nascido em 1933, não morreu e na terça-feira, pela primeira vez, confrontará os que lhe arrebataram quase tudo.