Roberto Martínez, selecionador nacional, realizou uma conferência de Imprensa para esclarecer o motivo de ter chamado 26 jogadores para os próximos compromissos da seleção nacional. O técnico espanhol justificou, ainda, as novidades Tiago Djaló e Nuno Tavares, assim como a permanência de António Silva e João Félix.
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O selecionador nacional começou por explicar o motivo de ter convocado 26 jogadores para o duplo embate na Liga das Nações e falou, ainda, das ambições para estes duelos.
"Continuar com o trabalho que começamos para a Liga das Nações. Acho que o objetivo de aumentar o grupo e ter 26 jogadores ajuda nesta fase de novembro para ajudar os jogadores a gerir a sobrecarga. Nós preparamos os jogos para ganhar, não olhamos para um empate e o apuramento. A ideia é ganhar, conquistar os seis pontos em disputa e crescer. No jogo contra a Polónia tivemos um desempenho de muita maturidade e queremos continuar isso", explicou aos jornalistas.
De seguida, Roberto Martínez passou por traçar um pouco o perfil das novidades nos eleitos e aquilo que poderão acrescentar ao restante grupo de trabalho.
"O importante é que temos três regressos. Quer dizer que o grupo é maior e são jogadores importantes e com valências diferentes. O Tiago Djaló é um central muito interessante. Nós acompanhámos o Tiago no período do Lille. Teve a sua lesão, mas tem uma grande fisicalidade e pode ser importante", justificou, salientado que o abandono de Pepe e mais recente lesão de Rúben Dias, também acabou por abrir espaço: "É um período interessante para os jogadores mais novos".
"É fácil perceber o Nuno Tavares. Tem um físico e condições especiais, teve um começo de época espetacular e é um jogador muito interessante para a seleção", completou.
António Silva e João Félix continuam a ser apostas
Apesar da falta de minutos de António Silva e João Félix, o comandante das Quinas continua a ver nos dois jogadores valências para merecer novamente a chamada.
"Os jogadores no caminho da formação têm momentos bons e difíceis, mas o importante é o compromisso e a atitude quando estão na seleção. O António Silva em todos os jogos teve desempenhos de alto nível e faz parte do crescimento para poder sentir que o papel na seleção é importante. O Félix tem uma qualidade incrível, temos muitos para essas posições, mas gosto da qualidade entrelinhas, em espaços reduzidos, e é um jogador diferente para o que precisamos na seleção".
Já a aposta em vários jogadores dos setor defensivo tem uma explicação: "Estamos a falar de jogadores polivalentes. Renato Veiga pode jogar a central e trinco. Temos as posições de Nuno Mendes e Diogo Dalot, que podem jogar a laterais e a centrais, como já fizeram. Os adversários jogam com uma linha de cinco, precisamos de jogadores que joguem por fora, e queremos um equilíbrio, com uma escolha de continuidade e valências diferentes", destacou.
Roberto Martínez frisou, ainda, não ter preocupações com a frente de ataque, após a mais recente lesão de Diogo Jota, e abordou o ponta de lança como "um desafio do futebol português". "É um perfil de jogador que não é fácil de encontrar. A nossa decisão foi procurar soluções dentro dos jogadores de ataque que temos. Há jogadores como Fábio Silva, de quem o percurso estou a gostar muito, Tiago Tomás, que é um jogador diferente e que está a crescer. Temos avançados, mas, para crescer como equipa, esta é uma boa oportunidade para demonstrar que podemos marcar golos com jogadores de segunda linha", atirou.