O cavaleiro português Rodrigo Torres, em Fogoso, terminou hoje no 16.º lugar o Grand Prix Freestyle de ensino dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, com um novo recorde pessoal.
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Rodrigo Torres, de 44 anos, somou 78,943% pontos na final individual, vencida pela germânica Jessica von Bredow-Werndl, que montou TSF Dalera, com 91,732%. A também alemã Isabell Werth e a britânica Charlotte Dujardin terminaram na segunda e terceira posições do pódio, com 89,657% e 88,543%, respetivamente.
"Foi o recorde, mais uma vez. Depois de ontem [na terça-feira], hoje outra vez. O Fogoso está a superar-se, está a mostrar que é muito mais do que podíamos imaginar. Ele ainda é novo e superar-se assim, bater recordes, no maior palco do desporto mundial é impressionante", afirmou o cavaleiro, em declarações à Lusa, elogiando o puro sangue lusitano criado na Coudelaria Torres Vaz Freire, logo após o exercício.
Depois de ter disputado o Grand Prix Special, com Maria Caetano e João Miguel Torrão, na terça-feira, quando terminou no oitavo e último posto a final de equipas, Rodrigo Torres arrebatou uma pontuação de 78,943%, um novo recorde pessoal, e que lhe garantiu o 16.º lugar.
"Para mim também é impressionante, ter superado também o que podia imaginar é impressionante. Representa tudo para mim, monto a cavalo desde miúdo e poder mostrar ao mundo a minha equitação, a maneira como monto e como sou como cavaleiro é tudo", admitiu o cavaleiro natural de Monforte, de 44 anos, na zona mista do Parque Equestre de Tóquio.
O bisneto de Domingos de Sousa Coutinho, que conquistou a medalha de bronze na prova de salto de obstáculos por equipas em Berlim1936, cumpriu o exercício de dressage ao ritmo de um 'medley' de Pink Floyd, numa seleção musical familiar.
"A banda sonora foi escolhida pela minha mulher, para aproveitar as batidas fortes do trote do cavalo e aquela dinâmica da música, mais forte e mais lenta. Aproveitámos isso e acho que foi bem conseguido", avaliou Rodrigo Torres, sem assumir grande predileção pela banda britânica, dizendo apenas que foi marcante para a sua geração.
Gonçalo Conchinhas Carvalho tinha sido o último português a disputar a prova olímpica de ensino em equestre, em Londres2012, tendo chegado à final e terminado também no 16.º lugar.
A melhor classificação nacional nesta disciplina continua a ser o nono lugar alcançado por Fernando Paes, também na capital britânica, em 1948, quando conquistou a medalha de bronze por equipas, com Francisco Valadas Jr. e Luís Mena.