O Benfica poderá ter violado a legislação europeia relativa às sanções internacionais aplicadas a entidades ligadas à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia, em 2022. Em causa está a transferência do jogador Germán Conti.
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O Benfica é suspeito de violar as sanções internacionais contra a Rússia, a propósito da transferência de Germán Conti do Lokomotiv Moscovo para o Racing Avellaneda em janeiro de 2024, nomeadamente por uma percentagem do passe do jogador a que os encarnados tinham direito e que originou uma transferência para a conta do Benfica de 70 mil euros. O presidente Rui Costa vai ser constituído arguido no processo, informa o "Correio da Manhã".
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) investiga a transferência, pois as autoridades entendem que viola a legislação europeia relativa às sanções internacionais aplicadas a entidades ligadas à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia, em 2022. O DCIAP investiga se existe um crime de branqueamento de capitais. Os mencionados 70 mil euros recebidos posteriormente à venda do jogador (que teve lugar em janeiro de 2023), foram bloqueados pelo Ministério Público.
Rui Costa já tinha pedido o adiamento da audiência em julho, por coincidir com a apresentação do plantel para 2025/26 e com uma AG do clube, e será agora ouvido e constituído arguido como representante da SAD encarnada, noticia o mesmo jornal.
O Benfica já reagiu em comunicado, alegando que, ao tomar conhecimento do entendimento do Ministério Público, fez cessar a cláusula que lhe dava direito a um encaixe pela percentagem do passe do jogador, e afirmando que os seus serviços e a instituição financeira que acompanhou o negócio não detetaram anomalias no mesmo.