Segundo a FIFA, futebol português é o que tem mais casos de incumprimento. Clubes médios gastam cinco milhões em ordenados e muitas vezes antecipam receitas. Dinheiro dos direitos televisivos é fundamental.
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Um estudo recente do fundo criado pela FIFA e pela FIFPRO (Associação Internacional de Futebolista Profissionais) para apoiar financeiramente jogadores de futebol profissional que não tivessem recebido salários, ou sem possibilidade de os receber por dificuldades financeiras dos respetivos clubes, revelou que dos 225 casos mundiais aceites para indemnização, 61 eram provenientes de Portugal.
Segundo a FIFA, o futebol português era o que tinha mais jogadores vítimas de incumprimento salarial, à frente de Grécia, com 50 casos, e Roménia, com 22. Estas indemnizações referiam-se a incumprimentos salariais ocorridos até 31 de dezembro de 2021 e faziam parte da terceira fase de um protocolo de apoio assinado em 2019 entre a FIFA e FIFPRO que, no caso português, incluía 19 jogadores ligados ao CD Aves, 18 ao União da Madeira, oito ao Freamunde e oito ao Vitória de Setúbal.