O atraso nas negociações relativas aos prémios pelo apuramento para a fase final do Mundial e a defesa de uma distribuição equitativa de rendimentos com a seleção feminina estiveram na base da decisão dos jogadores. O presidente da associação canadiana de futebol avisa que as pretensões dos atletas são "insustentáveis".
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A seleção canadiana, de Stephen Eustaquio (F. C. Porto) e Steven Vitória (Moreirense), entrou em greve poucas horas antes do jogo de preparação para o Campeonato do Mundo frente ao Panamá, que estava agendado para a última madrugada.
Em comunicado, os atletas pedem "uma liderança que possa otimizar o momento positivo da seleção e que seja capaz de gerir receitas tendo em vista a evolução da modalidade no país", para além de "uma distribuição equitativa de rendimentos com a seleção feminina".
"O desenvolvimento da liga feminina e prémios de participação que incluam 40% das receitas provenientes da participação no Mundial" são as pretensões dos internacionais canadianos, que estão de volta a uma fase final do Campeonato do Mundo 36 anos depois, na qual vão defrontar a Bélgica, a Croácia e Marrocos, para o grupo F.
Conhecida a posição dos jogadores, Nick Bontis, presidente da associação canadiana de futebol, defendeu que foi feita uma "proposta justa aos jogadores" e garantiu que a instituição a que preside está "comprometida a dar as mesmas condições" às seleções masculina e feminina.
"Mesmo que só tivéssemos as seleções masculina e feminina para gerir, sem o futsal, as seleções jovens, os programas de desenvolvimento para treinadores e árbitros, e os campeonatos nacionais, não teríamos condições para pagar o que os jogadores pedem. É insustentável", sublinhou, em conferência de imprensa.