O Benfica chega ao clássico frente ao Sporting, amanhã (20.30 horas, Sport TV1), com a presença garantida na próxima Liga dos Campeões, mas se a equipa de Roger Schmidt fechar a época com o 38.º título nacional, o que pode acontecer neste fim de semana - se o F. C. Porto perder hoje, é virtual campeão, caso contrário terá de repetir amanhã, no mínimo, o resultado da equipa de Sérgio Conceição -, juntará aos prémios de entrada na prova milionária a maior fatia do bolo que a UEFA destina do "marketing pool" às formações lusas.
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Todos os clubes com lugar na fase de grupos da Champions recebem 15,64 milhões de euros - verba a que o Sporting já disse quase adeus, pois deve acabar a Liga no quarto lugar -, ao quais juntarão o bónus correspondente ao lugar que ocuparem, entre os 32 finalistas, no ranking de clubes a 10 anos. Olhando para a atual lista histórica, que deverá manter-se idêntica até ao fim da época - só há dúvida sobre as eventuais presenças de Liverpool e Sevilha -, o Benfica subirá no mínimo dois lugares, para 11.º, o que lhe garante logo mais dinheiro do que o amealhado de entrada na época de 2022/23. A qual, recorde-se, valeu ao Benfica, que atingiu os quartos de final, um recorde de receitas: 72,55 milhões de euros.
Pelas contas do JN, as águias vão começar a próxima Champions com 40,65 milhões de euros no bolso - 15,64 milhões de prémio de presença e 25,01 milhões pelo 11.º lugar no ranking a 10 anos -, ou seja, mais 2,3 milhões que os 38,3 recebidos esta temporada.
O título de campeão vale ainda a maior parte da verba do "marketing pool" que a UEFA distribuirá pelos clubes lusos. Se o futebol português conseguir colocar três equipas na fase de grupos, para a campeã fica reservado 45% desse bolo, que ronda, no total, cerca de 5 milhões de euros. Esse valor aumentará para 55% se o terceiro classificado da Liga ficar pelas eliminatórias.
Mas há muitos outros milhões de euros à espera do campeão, que costuma aumentar as receitas - bilhética, televisão e comercial - na época seguinte. Além do prestígio desportivo, ser campeão garante sempre a entrada de mais alguns milhões de euros nos cofres.