Sérgio Conceição ouve os candidatos às eleições do F. C. Porto, mas fica à margem
Treinador do F. C. Porto só pensa nos jogos que terá de disputar nas próximas semanas. Quer vencer no Estoril para manter vivo o sonho do título.
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Pinto da Costa já se disse convencido de que Sérgio Conceição vai continuar no F. C. Porto, caso vença as eleições, e André Villas-Boas tem repetido que pretende sentar-se com o treinador, se for eleito, mas o técnico pretende manter-se à margem do momento eleitoral. "Estou atento a tudo o que os candidatos dizem, às ideias de cada um deles, mas estou a pensar apenas no próximo jogo", afirmou, esta sexta-feira, na antevisão da partida com o Estoril.
Numa conferência de imprensa em que se desviou dos temas polémicos, pois não quis voltar a falar do caso que protagonizou em Espanha, num jogo de infantis em que participou o filho mais novo, nem aceitou comentar o projeto para a futura academia do F. C. Porto, Conceição direcionou o discurso para o regresso à competição, após a pausa para as seleções.
"A preparação é sempre complicada, num clube como o nosso, que tem vários jogadores nas seleções nacionais, mas não estamos a pensar no pouco tempo que tivemos ou nas ausências. Não vai ser por isso que não vamos conseguir um resultado positivo na Amoreira", disse, lembrando os três jogos anteriores com o Estoril, dos quais apenas ganhou o último, a contar para a Taça de Portugal.
"Os três jogos que fizemos tiveram sempre ingredientes diferentes. Vamos ao Estoril para ganhar. Eles também vão lutar pelos três pontos, dentro dos objetivos que têm. Luta pelo título? Não dependemos só de nós. Temos de ganhar os nossos jogos. Não vale a pena andar aqui a fazer futurologia", sublinhou o treinador dos dragões, satisfeito com as estreias de Francisco Conceição e de Galeno nas seleções portuguesa e brasileira: "Tem a ver com o trabalho deles, mas também dos companheiros que os ajudam e de toda a gente que trabalha no F. C. Porto".
Sobre as recentes declarações de Evanilson, segundo o qual Sérgio Conceição não é um treinador fácil de se lidar, pela exigência constante sobre os jogadores, o técnico não escondeu um sorriso: "É difícil falar disso. As pessoas mal-intencionadas ainda vão dizer que agredi o Evanilson para ele ser bom jogador... Já sabem que não sou de andar aqui às gargalhadas. Eles que contem as dificuldades que têm, o trabalho que fazem antes e depois dos treinos. Tudo isso é importante. De vez em quando, sai uma dura no treino, uns aceitam melhor, outros menos bem. Mas sim, quando era jogador, não gostava de ter um treinador como eu".