Sérgio Conceição responde a Varandas: "Somos sempre rebentados por toda a gente"
A pouco mais de uma semana da final da Taça de Portugal, treinador do F. C. Porto abordou as recentes declarações do presidente do Sporting, que pediu aos jogadores leoninos para rebentarem com a equipa portista no Jamor.
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"Teoricamente, nós somos sempre rebentados por toda a gente. Ainda esta semana rebentaram imagens do jogo no Estoril, de um comportamento reprovável de dois jogadores meus, mas com isso não se falou de outras coisas, das causas daquilo que se passou. Estamos habituados a que nos queiram rebentar, a seu tempo falaremos de todos os rebentamentos", afirmou Sérgio Conceição, durante a antevisão do jogo de sábado em Braga, que vai decidir o terceiro lugar da Liga e, possivelmente, o acesso direto à Liga Europa.
"No F. C. Porto, jogamos sempre finais. Os jogos são todos para ganhar, independentemente do momento da época. Este jogo não é bem uma final, porque nas finais não se pode empatar e, neste caso, ao F. C. Porto basta um empate. A nossa motivação é ficar um lugar acima do que iremos ficar se perdermos. É diferente ficar em terceiro ou em quatro, mesmo que esta situação nunca nos tenha acontecido", referiu, com elogios para Rui Duarte, o treinador do Braga que jogou sob as ordens de Conceição nos tempos em que o técnico orientou o Olhanense.
Ainda sem poder contar com o lesionado Pepe, Conceição disse que o capitáo enfrenta uma "luta diária" para poder estar apto para a final da Taça e revelou que não recorreu do quinto cartão amarelo que viu no dérbi com o Boavista, até porque essas situações não são passíveis de recurso.
"Fiquei admirado com as notícias a dizer que o meu recurso não foi aceite e que levava uma multa. O quinto amarelo não dá direito a recurso. O único recurso que houve de um quinto amarelo foi do jogador Palhinha, do Sporting. Não meti recurso nenhum. Isso é mentira, mas passou por uma verdade. Se vou andar a desmentir tudo aquilo que dizem, não havia tachos para aqueles que comentam na televisão. Há muita gente que comenta mentiras e faz daquilo verdades", sublinhou.
"Vi que fui multado e pensei 'o que é que eu fiz?'. Afinal era por causa da braçadeira. O presidente já me apresentou uma série de contas sobre isso. Eu começo o jogo com o casaco e tenho a braçadeira. Quando tiro o casaco, fica no banco e não o visto mais porque estou sempre em pé. A braçadeira fica por ali e não estou a pensar se me conhecem ou não. A justificação de quem me multa é de que não tenho nada a identificar-me. Provavelmente, não serei conhecido para as pessoas do Conselho de Disciplina ou da Liga... Então dão-me sempre a mesma multa. Querem o Sérgio Conceição anilhado. Tenho de andar com uma anilha como os pombos, para me conhecerem", acrescentou.
"Se me lembrarem da braçadeira no banco, nem estou a ouvir. Isso não entra no jogo. Estou é a ver o jogo, o que o adversário está a fazer em função da nossa estratégia, o que posso fazer para modificar o jogo. Há imagens em que estou com o casaco e com a braçadeira, depois tirei o casaco e nunca mais vi a braçadeira. Dão-me uma multa, eu pago a multa, o que hei-de fazer?", concluiu