Pedro Gonçalves, que bisou, e Gyokeres assinaram os tentos da vitória do Sporting. Rio Ave foi audaz, mas errou muito e podia ter sofrido derrota mais pesada.
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Pedro Gonçalves, por duas vezes, e Gyokeres marcaram os golos que permitiram ao Sporting vencer o Rio Ave (3-1), um resultado pouco expressivo para a diferença inequívoca do campeão face aos vila-condenses. O triunfo e a exibição foram os melhores remédios para afastar a depressão causada pelo desaire da Supertaça - Ruben Amorim admitiu a pior semana em Alvalade. O leão surgiu solto, enérgico e ávido de recuperar a confiança e a marca de equipa intensa, pressionante e vertiginosa no ataque.
O Rio Ave jogou aberto e com uma ideia positiva, mas muito arriscada, sobretudo quando mal implementada, e com inúmeros erros que o fizeram viver em sobressalto. Não houve competência na defesa e a articulação entre o trio de centrais e os dois “laterais” foi quase suicida. É expectável que o esquema de Luís Freire ganhe outra dimensão mais para a frente, aliás como já demonstrou no passado. Mas, nesta fase, foi quase o combustível ideal para alimentar o leão, que se impôs de forma segura, principalmente no plano ofensivo. Um duelo em que o campeão foi dominador e não sentiu quaisquer sinais de dificuldade ou alerta.
O leão assumiu a iniciativa perante um Rio Ave subido, mas com dificuldades em coordenar a pressão e a marcação da última linha, principalmente na ligação entre os cinco homens da defesa. Com muito espaço, marcou cedo, numa rotura de Gyokeres e conclusão de “Pote”.
Para quem vinha de um desaire pesado, essencialmente no plano anímico, o leão entrara forte e encontrava campo aberto, ideal para a velocidade de Catamo, Gyokeres e a inteligência de Pedro Gonçalves. O número oito surgiu várias vezes na zona de perigo e aproveitou um brinde de Jhonatan para bisar com um chapéu de classe.
Os verde e brancos continuaram a jogar de forma despreocupada e com total à vontade. Só não ampliaram o marcador, nesta fase, porque houve descompressão e egoísmo no ataque.
No reatamento, Gyokeres levou a bola ao poste de um Rio Ave a tentar algum arranjo defensivo para um leão mais tranquilo, em que o sueco exagerou em alguns lances em que podia ter assistido os companheiros. Ainda assim marcou o primeiro da época e falhou algumas oportunidades. Depois do terceiro, o leão desligou, Diomande errou e Clayton reduziu perto do final.
Positivo
Pote bisou com um chapéu de classe e Gyokeres deu um cheirinho das suas arrancadas para desespero vila-condense. Quenda continua a ganhar espaço.
Negativo
Jhonatan exemplificou de forma gritante o erro coletivo nas saídas da defesa da equipa. “Assistiu” Pote e também esteve mal com Gyokeres.
Arbitragem
Precipitou-se em algumas situações iniciais em que beneficiou o infrator. E não revelou um critério uniforme na avaliação do contacto físico.