<p>O Sporting perdeu em Alvalade, com a União de Leiria, na primeira derrota dos leões na era Carvalhal. </p>
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Um golo de Paulo Vinícius, num frango de Rui Patrício, foi suficiente. E sem Carlão, lesionado no aquecimento.
A União de Leiria nunca tinha ganho em Alvalade. Contudo, perante um Sporting na senda das más exibições, não foi precisa uma grande exibição dos leirienses para arrancar os três pontos do covil do leão. Aliás, o resultado só pode espantar a quem não tenha visto a partida.
Foi a primeira derrota de Carlos Carvalhal como técnico leonino e bem se pode dizer que terminou a lua-de-mel, se é que alguma vez chegou a existir. Os leões acabaram o jogo em cima do adversário, mas não tiveram a sorte que, na realidade, nunca mereceram, embora o empate fosse um resultado perfeitamente ao alcance.
A primeira parte do Sporting é candidata à pior da temporada, se é que isso é possível. Carvalhal retirou Adrien e lançou Vukcevic, com o montenegrino a jogar no lado direito. Sem o internacional sub-21, não houve quem levasse a bola até ao ataque porque, do outro lado, esteve uma União de Leiria do mais organizado que se viu. Lito Vidigal olhou o leão nos olhos e jogou com dois avançados, embora sem se livrar de um caso. Carlão, avançado com direito de preferência do Sporting, lesionou-se durante o aquecimento e levou o técnico a lançar Tiago Luís no apoio a Cássio.
A teia montada pelos leirienses fez com que os donos da casa jogassem sempre longe da baliza. O Sporting não fez qualquer remate à baliza na primeira parte e nem chegava lá perto. O meio-campo, com Veloso, Matias Fernández e Vukcevic em sub-rendimento, nunca conseguiu servir Liedson. Um remate de Cássio à trave foi o aviso para o golo forasteiro, apontado por Paulo Vinícius, numa falha enorme de Rui Patrício, a primeira da época.
Ao conceder uma parte inteira de avanço, a derrota do Sporting estava mais do que anunciada. A equipa melhorou com Adrien, mas esteve sempre permeável ao contra-ataque leiriense. Cássio marcou, mas o golo foi anulado.
Os últimos dez minutos foram de massacre, com antijogo leiriense à mistura, e com Liedson a tentar o empate por todos os meios. Até de bicicleta, mas Djuricic parou tudo. E o leão voltou a perder. Foi-se a aproximação ao quarto lugar. Em sete jogos caseiros, os leões só ganharam dois. O mesmo número de derrotas. Os assobios são inevitáveis.