No programa "Universo - Porto da Bancada", o diretor de comunicação e informação do F. C. Porto, Francisco J. Marques, abordou vários temas da atualidade portista, nomeadamente, o alegado antijogo praticado pelo Marítimo no encontro (1-1) na Madeira, os lances polémicos com o Aves, e manifestou ainda uma preocupação em relação ao próximo encontro da Liga, diante do Boavista.
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Jogo no Bessa
"É um clássico, um dérbi da cidade, e os jogos no Bessa nos últimos anos têm tido uma caraterística preocupante, que é a violência do nosso adversário. Foi assim há dois anos e também no ano passado. O Corona chegou a sofrer uma entrada violenta e, mais uma vez, temos de repetir o apelo, pois não deve ser possível que se permita tanta permissividade e que o jogo se transforme numa batalha campal. É importante a proteção aos jogadores, tem de haver igualdade de tratamento".
Tempo útil de jogo
"O campeonato português já é dos piores da Europa em termos de média de tempo útil de jogo, mas o que aconteceu na Madeira acentua esse cenário. Após o golo do Marítimo, que foi cedo, e o golo do empate do F. C. Porto, jogou-se 30% de tempo útil. É mau demais. E isto está a ser utilizado como expediente para impedir as vitórias do F. C. Porto. Noutros jogos, com outras equipas, não se demora um minuto ou minuto e meio para apontar um pontapé de canto. Estas coisas têm de deixar de acontecer. Há razões culturais, certamente, para que isto aconteça, mas é preciso combater esse chico espertismo".
Relvado na Madeira
"Foi o próprio árbitro que comentou com o Sérgio Conceição que o relvado estava encharcado e que era melhor não regar mais. Por norma, as equipas se estiverem de acordo pedem para regar o terreno para que o espetáculo seja beneficiado. O relvado do Marítimo está classificado pela Liga como o segundo pior do campeonato. É o penúltimo da tabela. E, mesmo assim, realiza-se lá um jogo de futebol feminino 48 horas antes?".
Penáltis com o Aves
"Que imagens foram disponibilizadas ao árbitro? Alguns ex-árbitros levantaram essa questão. O certo é que reverteu a decisão do penálti sobre o Bruno Costa. No segundo lance, o jogador do Aves levou o braço de encontro à bola e nada foi assinalado, de forma inexplicável. E, desta vez, não houve mea culpa de ninguém. Parece que é só em determinadas situações".
Proteção a Florentino?
"Não pode haver jogadores que beneficiem de impunidade. Teve uma entrada brutal em Tondela e devia ter sido expulso. O que estamos a assistir desde o início é que o Florentino está a beneficiar de uma proteção que não se sabe quem lhe confere. O nosso desejo é que o que vemos acontecer na Champions se alargue ao campeonato nacional"