Global 6 é a formação mais internacional da prova, mas na hora das refeições a massa continua a ser o prato principal.
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Das nove equipas estrangeiras que integram o pelotão desta Volta a Portugal, a Global 6 Cycling é, sem dúvida a mais eclética e internacional, acolhendo sob a bandeira da Nova Zelândia sete ciclistas de diferentes nacionalidades e cinco continentes. No plantel há um espanhol, um norueguês, um francês, um canadiano, um sul-africano, um brasileiro e até um japonês, que, segundo diz o próprio diretor desportivo, “trabalham, estranhamente, muito bem enquanto equipa”.
“Apesar de termos tantas culturas diferentes, são muito competentes a funcionar unidos. Não sei bem o explicar o motivo, mas esse é exatamente o nosso objetivo, juntar talento de todo o mundo numa só equipa”, descreveu ao JN o diretor James Mitri, um ex-ciclista, da Nova Zelândia, de apenas 24 anos.
Mesmo falando idiomas diferentes, o entendimento na equipa é total, usando o inglês, o espanhol e até um pouco da língua portuguesa do brasileiro Nicolas Sessler.
“Com maior ou menor dificuldade todos nos entendemos, e na estrada a linguagem do ciclismo é universal”, desabafou o brasileiro, falando “numa oportunidade única de fazer amigos em todo o mundo”, embora lamentando que, com tanta diversidade, a gastronomia na equipa “seja quase sempre massa [risos]”.
Sessler competiu alguns anos em Espanha, e conhece bem Volta a Portugal, garantindo que já deixou o aviso aos companheiros. “Sigo a Grandíssima há muito tempo e alertei-os que vai ser um prova mesma dura, com etapas a nível do Tour, que lhes dará uma experiência única”, disse.