Orçamento das equipas da Liga cresce 30 milhões de euros, mas crise leva a contenção quase geral. "G-15" vive realidade paralela.
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Quase metade das equipas que participam na Liga 2021/22, competição que esta sexta-feira se inicia, com a disputa, em Alvalade, do jogo Sporting-Vizela vão ter o mesmo orçamento na nova temporada.
A crise e as poucas vendas realizadas até aqui explicam o abrandamento nas apostas. Ainda assim, os números indicam que, globalmente, as sociedades desportivas vão investir mais 30 milhões de euros, dois terços dos quais por intermédio do Sporting, que entra com o estatuto de campeão e com presença garantida na Champions, admitindo gastar mais 20 milhões de euros do que há um ano, ao investir 110 milhões.
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Já F.C. Porto e Benfica, este último sem presença certa na Champions, mantêm-se os protagonistas das apostas mais altas, investindo 180 milhões de euros cada, repetindo os valores de 2020/21.
Contando com aspetos como a massa salarial, mercado, prémios e bónus, os três grandes juntos preveem gastar 470 milhões de euros, absorvendo 80% do total dos investimentos, o que deixa o chamado "G-15" a grande distância. No total, estas 15 equipas vão gastar 117 milhões, pouco mais do que o Sporting que, dos três grandes, até é o que menos investe.
Se oito das 18 equipas (44,4%) da Liga mantêm o orçamento, só uma, o Belenenses SAD prevê gastar menos, mesmo assim, com uma descida de só 200 mil euros. Tondela e Arouca são os mais poupados (três milhões de euros cada), mas como se viu na época passada com o Rio Ave, que tinha o quinto valor (9,5 milhões) mais alto e desceu à Liga 2, quando a bola rolar, nem só o dinheiro irá pesar nas contas finais.