Frente a rival credenciado, portistas dominam jogo e ganham de forma inequívoca. Bis de Samu após tento inicial de Pepê, num êxito totalmente dedicado a Jorge Costa.
Corpo do artigo
O F. C. Porto honrou a memória de Jorge Costa, com um triunfo concludente na receção ao Vitória de Guimarães, no arranque do campeonato. Após uma semana difícil para os dragões, marcada pela morte de Jorge Costa, antigo capitão e diretor do futebol, a equipa voltou a confirmar as boas indicações dadas na pré-época, vencendo e convencendo um opositor que teve bons momentos, mas revelou-se ineficaz, em alturas-chave da partida.
Nunca se saberá o que teria acontecido se o antigo capitão não tivesse falecido e o jogo decorrido no sábado, como estava previsto. Mas o que prevaleceu foi um F. C. Porto muito competente, a entrar forte no jogo, a abrir cedo o marcador e a elevar a contagem pouco depois da meia hora, para depois controlar a vantagem, sem nunca perder o instinto ofensivo, o que lhe valeu mais um tento, perante uma reação inconsequente dos vimaranenses.
No jogo de estreia na Liga para os dois treinadores - Francesco Farioli e Luís Pinto - as duas equipas não apresentaram novidades nos onzes e o próprio encontro, com um estádio praticamente cheio, teve vários momentos de bom futebol, a entusiasmar o público.
Uma transição rápida, no quarto de hora inicial, colocou o F. C. Porto em vantagem. Samu lançou Borja Sainz e o espanhol serviu Pepê que, com um toque subtil, meteu a bola por cima de Charles, desfazendo o nulo.
Sem surpresa face ao domínio portista, o segundo tento surgiu na sequência de um canto curto. Cruzamento de Alberto Costa e Samu, de cabeça, a assinar o primeiro tento da noite.
O Vitória acabou a primeira parte a assinar a melhor fase do jogo, a que faltou eficácia na finalização. Depois, o segundo tempo trouxe uma toada menos intensa por parte do F. C. Porto, mas a dominar os acontecimentos e a ter o mérito de ainda elevar a contagem. Após um centro de Zaidu, houve um primeiro remate de Eustaquio que Charles defendeu de forma incompleta, tendo na recarga Samu fixado o resultado.
Após o árbitro encerrar a partida, surgiu uma imagem de Jorge Costa nos ecrãs do estádio. Um último aplauso vindo das bancadas, num jogo em que o tal desejado ADN do ex-capitão esteve bem presente, com a equipa a prometer uma grande época, diferente da anterior. Já o Vitória precisa de afinar pormenores, mas há valor para pensar alto.