O Grande Prémio JN está a marcar as últimas pedaladas da época velocipédica, e apesar da exigência máxima aplicada na corrida, muitos dos ciclistas e dos elementos do staff das equipas já estão a pensar num merecido período de férias. Quem anda na caravana do ciclismo já sabe que os dias de descanso só acontecem já perto de outubro, quando a maioria dos portugueses regressou ao trabalho.
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"Ainda dá para procurar um pouco de sol. No meu caso vou para o Algarve com a minha namorada, que também está envolvida no ciclismo, é um pouco mais fácil gerir", explicou ao JN Hugo Nunes, corredor da RP/Paredes/Boavista, que este ano, terá um outro período de lazer na lua de mel. "Vamos para o Egito, e vai ser um programa mais cultural, porque não gosto tanto de praia. Dividimos os gostos", confessou o jovem ciclista que tem uma certeza para essas semanas. "Não vai haver bicicleta, e muito menos massa, arroz e bifes de peru. Já não consigo ver essa comida à frente", garantiu sorridente.
Além do descanso físico, este período de férias dos corredores serve também para colmatar o desgaste emocional existente após vários meses de corridas e treinos. "Têm 20 dias por ano para se desligarem de tudo isto e, nessa fase, podem fazer o que quiserem. A equipa não os controla são profissionais e sabem o que fazem. Se engordarem 10 quilos, depois vai custar-lhes mais a perderem quando regressarem", explicou Hélder Miranda, um dos diretores desportivos da Efapel, que também vai aproveitar um curto período de descanso para compensar a família da longa ausência.