A sede de campanha de André Villas-Boas encheu para assistir à apresentação de Mário Santos para dirigir as modalidades do F. C. Porto, se a lista B for eleita a 27 de abril. Objetivos passam por reforçar o ecletismo das modalidades e promover a prática no feminino muito para além do futebol.
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André Villas-Boas apresentou o diretor para as modalidades da sua lista de candidatura à presidência do F. C. Porto, Mário Santos, ex-presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, que foi membro da comissão executiva do comité olímpico e chefe de missão de Portugal aos Jogos Olímpicos em Londres, em 2012. Numa sede de campanha que voltou a encher, André Villas-Boas começou por agradecer “a onda crescente de apoio” à sua candidatura, sublinhando mais “um passo sólido para o F. C. Porto”, que quer ver renovado, “não só no futebol como nas modalidades”.
O líder da lista B sublinhou a necessidade de reforçar o ecletismo do clube e a integração de novas modalidades, apontando ao feminino como uma necessidade para que o clube alargue a sua missão social na prática desportiva, sem perder aquilo que definiu como uma característica de sentir o clube. “No F. C. Porto entramos sempre para ganhar, quem sente o peso histórico desta camisola sabe que tem de dar o máximo pelo nosso clube”, destacou.
André Villas-Boas lembrou ainda a importância de “fazer regressar algumas modalidades e, sobretudo, o futebol feminino, promovendo o clube como “um exemplo de pluralismo”.
O candidato à presidência do F. C. Porto apontou à necessidade de “reforçar a competitividade das modalidades em atividade, integrando a vertente feminina. Manter a aposta no desporto adaptado com a mesma ambição. Integrar novas modalidades e promovendo a importância da prática desportiva”. André Villas-Boas passou a palavra a Mário Santos pedindo “um F. C. Porto que se levante. Que continue a ganhar, a crescer, a formar e a ser exemplar. Eu e todos os sócios assim o vamos exigir. Viva o F. C. Porto", acrescentou, encerrando ali a sua intervenção.
No seu discurso, Mário Santos começou por salientar a “feliz coincidência” do seu anúncio para a direção das modalidades surgir no Dia Mundial da Atividade Física e numa data que coincide ainda com 128 anos dos primeiros jogos olímpicos da era moderna. Com vários projetos em fase de ponderação, parte dos quais no feminino, Mário Santos chamou à atenção para a intenção de criar condições para que as modalidades possam surgir e durar no tempo, sem terem de andar com a casa às costas. “Não podemos avançar sem descurar a sustentabilidade financeira, nem as infraestruturas físicas, como um centro de alto rendimento, criando-se valências desportivas que permitam aos nossos atletas a superação”, comentou, antes de insistir num plano de curto prazo para a criação de modalidades disputadas no feminina.
Procurando antecipar o novo modelo desportivo, Mário Santos apontou ainda à necessidade de romper amarras com o passado: “Não podemos manter-nos reféns do passado para atrairmos praticantes e adeptos e continuarmos a ganhar. É essencial para o clube reforçar um sistema que permita aos atletas evoluir. Assumir objetivos claros e realistas e controlarmos se a nossa estratégia está a ser cumprida”.