Villas-Boas e a compra dos terrenos no Olival: “Operação não obrigou o F. C. Porto a financiar-se”

A cerimónia decorreu no salão nobre do município gaiense e o presidente demissionário da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, garantiu todo o apoio aos azuis e brancos, mesmo sem poder prestar apoio financeiro à obra.

“Este é um ponto de chegada de um trabalho feito há longos meses. É um orgulho que tenham escolhido Gaia, sobretudo, sabendo que o município colaborará em tudo o que é possível, mas não tem condições para ajudar a pagar uma infraestrutura destas, ajudará em todo o processo, questões urbanísticas e nas taxas municipais”, afirmou o presidente da Câmara, destacando tratar-se de uma “excelente oportunidade” para a cidade.

“Desde o primeiro dia em que este clube ganhou forma, há mais de 130 anos, que a história do  F. C. Porto e Gaia se mescla de forma fluida. A nossa história comum é feita por pessoas que partilham o amor em azul e branco. Em 2002, esse vínculo tornou-se mais profundo quando foram lançadas as fundações do Centro de Treinos e Formação desportiva Olival”, recordou André Villas-Boas.

“No futuro, o Centro de Alto Rendimento será determinante para o crescimento de novos talentos, com a criação de novas infraestruturas, que são fundamentais e vai centralizar operação e ligação entre os escalões jovens e as equipas profissionais”, acrescentou o líder dos dragões.

Já após a cerimónia oficial, o líder máximo dos azuis e brancos voltou a abordar o tema e adiantou que vai ceder parte da zona envolvente à Câmara para a construção de uma zona de lazer para os habitantes do Olival e restantes gaienses, sendo que o F. C. Porto não teve de recorrer à banca para comprar os terrenos.  

“Agora, vamos passar por todo o processo relacionado com o licenciamento da obra e movimentos de terra associados à construção do Centro de Alto Rendimento. Ainda temos algum tempo pela frente até vermos a obra construída. A escritura pública foi feita recentemente, depois de termos adquirido os terrenos, numa operação que não obrigou o F. C. Porto a financiar-se. Comprou com os seus meios e isso é revelador do trabalho de excelência que fizemos nos últimos 12 anos para a recuperação financeira do clube e da sua credibilidade na banca nacional e internacional”