Villas-Boas: "Não vou continuar a alimentar uma guerra onde fui muito factual"
André Villas-Boas, presidente do F. C. Porto, falou do atual clima tenso no futebol português à margem do Portugal Football Summit, no qual marcou presença esta sexta-feira e foi um dos oradores.
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"Já disse o que tinha a dizer e não vou continuar a alimentar uma guerra onde fui muito factual e direto sobre diferentes temas. Sobre a evolução do futebol português, o que posso fazer é um apelo a mais reuniões como esta, a um encontro dos três grandes, isso é uma obrigação maior e a única coisa que lamento é que não haja esta qualidade de debate em Cimeiras de Presidentes e nas assembleias gerais da Liga, porque é que tomamos as grandes decisões relativamente ao futebol português", começou por dizer aos jornalistas.
Villas-Boas lembra que "os representantes dos clubes portugueses estão aqui para apoiar os presidentes da Liga e da federação no desenvolver das suas funções", avisando que "há soluções que valorizam os clubes mais pequenos, mas têm que respeitar os clubes grandes e o valor da sua marca, porque esses é que vão competir para a UEFA".
O presidente do F. C. Porto falou ainda do mercado. "Está cada vez mais difícil de contratar tem muito a ver com os custos para contratar. O F. C. Porto fez compras avultadas que obrigam a salários avultados e isso tem um impacto direto sobre as nossas contas. O F. C. Porto, em vez de competir por jogadores com o Valência, o Atlético de Madrid, o Barcelona ou o Marselha, compete com o Burnley, o Sunderland e o Bolonha. 50% dos clubes que estão na UEFA já são de uma 'multi-club ownership', têm facilidade a transferir jogadores dentro da sua cadeia de clubes", comentou.
Por último, foi questionado se os presidentes dos três grandes têm que estar alinhados. "Não obrigatoriamente os presidentes, mas um alinhamento estratégico é absolutamente fundamental para criarmos valor. Este é um bom caminho, o Portugal Football Summit destaca três CFO's, homens de grande estratégia, de grande conhecimento financeiro, que sabem precisamente onde é que querem chegar e os caminhos para lá chegar. É um primeiro passo, depois é preciso um homem unificador".