Villas-Boas e a possível ida de Rodrigo Mora para a Arábia: "Não foi ético, mexeram com a cabeça do miúdo"
André Villas-Boas, presidente do F. C. Porto, falou sobre a novela entre Rodrigo Mora e o Al Ittihad, num "One-on-One" no Portugal Football Summit, evento promovido pela Federação Portuguesa de Futebol.
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Villas-Boas abordou a mediática proposta do Al Ittihad sobre Rodrigo Mora. "Foi um desafio, davam 50 milhões de euros, é um clube que se habituou a brincar com o F. C. Porto. Nós não venderíamos por menos de 115, que é a cláusula, mas em conversa com ele falamos nos 70 milhões, proposta que não chegou e eles desapareceram da mesa. Com [Sérgio] Conceição lá, a relação pode ser outra, mas não gostamos como se comportaram nas negociações. Mexeram na cabeça do miúdo, não foi ético nem moral", criticou.
O presidente do F. C. Porto adiantou que o clube está "em fase de investimento na formação". E acrescentou: Muitos desafios, mudámos a direção de Scouting. Estamos bem orientados, não temos é infraestrutura, andamos com casa às costas. Mas com obras de centro de alto rendimento, em ano e meio a dois anos podemos oferecer aos jovens outras condições para se desenvolverem. Esperamos ser capazes de alimentar cada vez a equipa principal de jovens talentosos, temos o Rodrigo Mora, Martim Fernandes, Diogo Costa, Vasco Sousa... São jóias do clube, mas queremos mais, são elas que dão mais valias e sustentabilidade financeira", disse sobre a importância da formação.
Quanto às expectativas para esta temporada, o presidente do F. C. Porto revela uma "esperança enorme", elogiando Farioli. "Temos um grande treinador, com qualidade, processo, tem ideias, comunica bem, sabe valores do clube. Equipa tem estado como sócios querem, começaram bem, mas está tudo em aberto".
Villas-Boas analisou ainda os rivais: "O Sporting está sólido, bem construído e treinado. O Benfica fez um investimento forte ao nosso nível. Adicionou qualidade, temos uma grande batalha pela frente que será difícil, é prematuro mas estamos num bom caminho. As coisas estão a sair bem", afirmou.
"Os três presidentes (F. C. Porto, Benfica e Sporting) não se podem ver uns aos outros, mas temos um caminho obrigatório a percorrer no sentido de encontrar soluções para o futebol português", concluiu.