<p>O Rio de Janeiro celebrou o título de campeão brasileiro de futebol do Flamengo, mas em Curitiba, a descida de divisão da equipa local levou os adeptos a actos de violência.</p>
Corpo do artigo
Em Curitiba, adeptos locais invadiram o campo do estádio Couto Pereira e destruíram tudo o que conseguiram depois de terminado o jogo entre a equipa local, o Coritiba, e o Fluminense, que terminou empatado 1-1, resultado que ditou a descida de divisão dos anfitriões.
Os árbitros foram agredidos e um polícia foi atingido por um objecto lançado das bancadas e retirado do estádio inconsciente por um helicóptero das forças de segurança que aterrou no relvado.
A polícia teve de ser reforçada com mais efectivos e foi obrigada a disparar balas de borracha para dispersar os adeptos enfurecidos do Coritiba, que arrancaram cadeiras para as arremessar contra os agentes e converteram o estádio num campo de batalha, tendo os distrúrbios prosseguido depois pelas ruas da cidade.
No total, registaram-se pelo menos 17 feridos, três dos quais polícias, segundo a edição digital do diário "Gazeta do Povo".
A comitiva do Fluminense e os dirigentes da equipa local abandonaram o estádio com dificuldade e sob forte escolta policial.
O director de futebol do Coritiba, João Carlos Vialle, manifestou-se convencido de que o clube "será duramente punido pelo que aconteceu" e acrescentou que "lamenta muito os actos de vandalismo".
Na cidade portuária de Santos houve confrontos entre claques organizadas e a polícia que impedia o seu acesso ao Estádio Vila Belmiro, onde a equipa local foi derrotada por 2-1 pelo Cruzeiro.
Por seu turno, os adeptos do São Paulo tiveram de se conformar com o terceiro lugar no campeonato.
No último dia do campeonato brasileiro havia ainda quatro equipas com possibilidade de serem campeãs de futebol do Brasil - Flamengo, Internacional, Palmeiras e São Paulo -, o que sucedeu pela primeira vez desde 2003, ano em que passou a vigorar o sistema de pontos corridos, sem partidas eliminatórias e finais.