Menino obrigado a tirar a camisola do Benfica para ver o jogo. Pai vai apresentar queixa
Um jovem adepto do Benfica foi, este sábado, obrigado a despir a camisola do clube encarnado para poder assistir ao jogo em Famalicão. Pai da criança garante que vai apresentar queixa do Famalicão.
Corpo do artigo
O episódio foi denunciado por João Martins, jornalista da BTV, e por várias publicações nas redes sociais. O menino, que estava nas bancadas juntamente com os adeptos afetos ao Famalicão, que tem por regra proibir a utilização de adereços afetos ao clube visitante nas zonas das bancadas destinadas aos apoiantes da formação da casa, foi obrigado a tirar a camisola dos encarnados e assistir ao jogo em tronco nu.
O Benfica já reagiu ao episódio com uma publicação nas redes sociais. "Queremos um futebol diferente e todos temos de contribuir para isso. O Sport Lisboa e Benfica lamenta que num futebol que se quer cada vez mais inclusivo, capaz de trazer cada vez mais famílias para os jogos, adeptos com camisolas do Benfica, incluindo crianças, tenham sido obrigados a despi-las para poderem assistir ao jogo Famalicão-Benfica. Queremos um futebol diferente e todos temos de contribuir para isso". pode ler-se.
1568719734396559360
"Ele gosta de levar a camisola e nunca pensei que pudesse acontecer uma coisa destas"
Em declarações ao JN, o pai da criança, que pediu para não ser identificado, garantiu que vai apresentar queixa ao organizador de jogo, considerando a situação "inconcebível".
"Vou fazer uma queixa do organizador do jogo. A PSP disse que a culpa de não permitir os adereços era do organizador de jogo. Creio que é uma situação anticonstitucional. Consegui bilhetes para aquela zona e habitualmente não levo cachecol. Mas ele gosta de levar a camisola e nunca pensei que pudesse acontecer uma coisa destas. Tive de meter a camisola dentro do bolso para ele entrar. Ele começou a chorar, pois viu-me exaltado a falar com os polícias e pensou que eu iria preso. O meu filho assistiu ao jogo em tronco nu pois o steward não permitiu que a vestisse. Isto é inconcebível. Já falei com um advogado. Não quero ser ressarcido, só quero que as pessoas possam ir para qualquer lugar e sejam bem tratadas", afirmou.