A primeira manhã do Rali de Portugal 2023 teve três vencedores diferentes em outras tantas especiais, com o estónio Ott Tanak a fechar as passagens por Lousã, Góis e Arganil com três segundos de vantagem sobre o campeão do Mundo, Kalle Rovanpera, e 3.6 em relação a Dani Sordo.
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A primeira classificativa do dia, Lousã 1, provou a desvantagem de abrir a estrada. Elfyn Evans, um dos líderes do Mundial WRC, foi o primeiro a atacar o troço e acabou por registar o pior tempo entre os oito Rally1 em prova, com o galês a gastar mais 7.9 segundos do que o vencedor Pierre-Louis Loubet.
O francês do Ford Puma estragou a festa dos muitos fãs espanhóis que marcaram presença, já que bateu o tempo que havia sido registado, pouco antes, por Dani Sordo e a diferença foi de apenas 0.3 segundos. Ott Tanak, também da Ford, fechou o pódio em Lousã, enquanto Kalle Rovanpera, campeão do Mundo em título e vencedor do Rali de Portugal 2022, conseguiu minimizar as perdas - foi quarto, a 2.6s -, apesar de ter sido o segundo a atacar a especial.
Entre os pilotos que pontuam para o Campeonato de Portugal de Ralis, foi Kris Meeke, o piloto que substituiu o malogrado Craig Breen na Hyundai Portugal, a estabelecer o melhor tempo, na 18.ª posição, seguido de Miguel Correia (23.º), Armindo Araújo (28.º), Bernardo Sousa (31.º), Ricardo Teodósio (31.º), Pedro Almeida (32.º), Ricardo Teodósio (33.º), Pedro Meireles (34.º) e José Pedro Fontes (39.º).
Os 19,3 quilómetros de Góis representavam a mais longa classificativa do dia e causaram muitos problemas na gestão dos pneus, nada que impedisse a Ford de festejar o segundo sucesso do dia, desta vez por Ott Tanak, com o estónio a destronar o companheiro de equipa, Loubet, da liderança da geral e passando a ter de gerir 0.5 segundos de vantagem sobre Dani Sordo. Elfyn Evans voltou a ser o pior entre os Rally 1, perdendo mais 11.1 segundos para o mais rápido.
A entrada para a última classificativa da manhã confirmou o primeiro abandono entre os pilotos do Mundial WRC, com o japonês Takamoto Katsuta a ser traído pelo alternador do Yaris GR, mas a Toyota também teve razões para sorrir já que Rovanpera foi o mais rápido, muito embora Ott Tanak se tenha conseguido manter no topo da geral, vendo o finlandês ficar a três segundos e Sordo a 3.6.
O final de Arganil 1 ficou marcado por um princípio de incêndio no Ford Puma de Pierre-Louis Loubet, supostamente provocado pelo escape e que pode ajudar a explicar os 16.4 segundos perdidos pelo francês.
Durante a tarde, pilotos e máquinas voltam a atacar as mesmas três especiais antes de rumarem a Mortágua (18,15 quilómetros) e o dia fecha com a superespecial da Figueira da Foz (2,28kms), cidade que volta a integrar o percurso do Rali de Portugal, algo que não acontecia desde 1996.
Classificação geral após as três primeiras especiais
1.º Ott Tanak (Ford), 33:56.4 minutos; 2.º Kalle Rovanpera (Toyota), a 3.0 segundos; 3.º Dani Sordo (Hyundai), a 3.6s; 4.º Thierry Neuville (Hyundai), a 14.6; 5.º Elfyn Evans (Toyota), a 18s; 6.º Pierre-Louis Loubet, a 18.8s; 7.º Esapekka Lappi (Hyundai), a 26.5s.