<p>A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu hoje, quinta-feira, em Seul a necessidade de "reformas estruturais" para reduzir os desequilíbrios globais, apesar de ter insistido que os Estados não podem dar instruções aos intervenientes do mercado. </p>
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Durante uma reunião empresarial antes da cimeira do G20, Merkel sublinhou que é necessário encontrar um modo de cooperação para reduzir os desequilíbrios do crescimento económico.
Merkel reiterou que o Estado tem um papel limitado no mercado, referindo-se à proposta de introduzir um limite ao défice ou excedente na balança de contas correntes dos países.
"O Estado não pode intervir" nas acções dos intervenientes do mercado, sublinhou, ao mesmo tempo que recusou qualquer recurso a medidas proteccionistas e que considerou "muito importante" continuar a tentar concluir a Ronda de Doha para a liberalização do comércio.
A Alemanha é um dos países que criticou a proposta dos Estados Unidos de estabelecer uma margem de quatro por cento para o défice ou excedente da balança das contas correntes dos países para limar os desequilíbrios.
Para Merkel, a redução dos desequilíbrios deve ser tratada com medidas que devem ir mais além da simples consolidação financeira. "Devemos concentrar-nos no crescimento e na cooperação", defendeu.
Em qualquer caso, a chanceler sublinhou que a consolidação fiscal não está colada ao crescimento.
Merkel é uma das 24 chefes de Estado ou de governo que se deslocaram a Seul para participar na cimeira do G20, que começa hoje com um jantar oficial.