O primeiro-ministro disse, esta sexta-feira, que o aumento do desemprego, previsto pela Comissão Europeia, é "o preço a pagar pela consolidação orçamental" e que os resultados do primeiro trimestre são consequência das medidas orçamentais "exigentes" tomadas pelo Governo.
Corpo do artigo
À margem de uma visita ao Hospital de Braga, e confrontado com as previsões de Primavera da Comissão Europeia e os dados do INE que indicam que Portugal entrou em recessão técnica, Sócrates afirmou que "os resultados do primeiro trimestre estão em linha com as previsões do governo e espelham as medidas orçamentais tomadas".
"Os resultados do primeiro trimestre estão em linha com as previsões do governo, espelham as consequências das medidas orçamentais que tivemos de tomar para este ano e que foram muito exigentes, como redução de salários e aumento de impostos. É o preço a pagar para pôr as contas públicas em ordem", disse Sócrates, antes da inauguração do novo Hospital de Braga.
"O aumento do desemprego é o preço que temos que pagar pela consolidação orçamental e porque não temos alternativa. A única forma de entrarmos pelo crescimento é pormos as nossas contas públicas em ordem", sublinhou.
José Sócrates destacou, no entanto, o aumento das exportações: "Subiram 17% e aliviaram esse impacto na nossa economia".
A Comissão Europeia prevê que Portugal sofra uma recessão de 2,2% este ano e de 1,8% em 2012, segundo as Previsões de Primavera. Bruxelas antecipa ainda um aumento do desemprego para os 12,3% este ano e 13% em 2012.
Também o INE revelou que o PIB português registou uma quebra de 0,7% nos primeiros três meses do ano, o que atira o país para uma recessão técnica.