O ministro da Economia considerou, esta sexta-feira, que os números do Instituto Nacional de Estatística que colocam Portugal em recessão técnica são explicados "pela actual situação económica e reflectem" a quebra nos gastos das famílias e do Estado.
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"Os números hoje divulgados são uma primeira estimativa do INE, explicam a actual situação económica e reflectem o efeito da quebra da procura interna por parte das famílias e uma quebra na despesa do Estado", afirmou Vieira da Silva, reagindo aos números avançados hoje pelo INE, e que comprovam que Portugal já teve uma quebra no produto no último trimestre de 2010 e no primeiro de 2011.
As quebras nos gastos do Estado e das famílias foi, no entanto, "compensado com o bom comportamento das exportações, que, apesar de bom, é ainda insuficiente", acrescentou o governante.
"Obviamente, isto não são resultados positivos. São resultados que correspondem às consequências de uma política inevitável e necessária para o país e que lhe permitirá ultrapassar as dificuldades que está a viver neste momento", disse Viera da Silva aos jornalistas.
A Comissão Europeia prevê que Portugal sofra uma recessão de 2,2% este ano e de 1,8% em 2012, segundo as Previsões de Primavera divulgadas. Bruxelas antecipa ainda um aumento do desemprego para os 12,3% este ano e 13% em 2012.
Para a zona euro, a previsão de crescimento é de 1,8% e 1,9% em 2011 e 2012, respectivamente.
Também o INE revelou que o PIB português registou uma quebra de 0,7% nos primeiros três meses do ano, o que atira o país para uma recessão técnica.