Empresa de Palmela tem como meta produzir mais de cem mil veículos este ano e deverá contratar mais cem trabalhadores, que podem ser temporários.
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"Em 2010, esperamos um aumento do volume (de produção) de 20%, o que significa que podemos produzir este ano mais de cem mil veículos", disse o director-geral da Autoeuropa, Andreas Hinrichs, na conferência de imprensa em que fez um balanço do ano de 2009 e apresentou as perspectivas para 2010.
O responsável afirmou que, este ano, a empresa prevê aumentar o número de trabalhadores.
"Em 2010, vamos aumentar o número de trabalhadores, mesmo que seja numa base temporária", disse, acrescentando que devem ser contratados "mais cem trabalhadores".
A fábrica de Palmela "vai começar em breve com a produção do Sharan e, umas semanas depois, começará a produção do [Seat] Alhambra".
Questionado sobre o quarto modelo, o director-geral da Autoeuropa disse que o anúncio não deverá acontecer este ano. "Não acredito que vamos ter o anúncio do quarto modelo em 2010. A decisão pode ser tomada, mas a comunicação será posterior", respondeu.
O responsável disse ainda que a Autoeuropa vai trabalhar no sentido de aumentar a flexibilidade laboral. "Vamos começar as negociações [com os trabalhadores] este ano. 2010 vai ser um novo ano de negociações", afirmou.
Produção caiu 8,6% em 2009
Em 2009, a fábrica de Palmela produziu 86.008 automóveis, um decréscimo de 8,6% face aos 94.100 veículos produzidos em 2008, avançou a directora financeira, Dinah J. Kamiske, durante a conferência de imprensa.
Por modelos foram produzidos 47.277 automóveis Scirocco em 2009, 14.636 Volkswagen Sharan, 6.215 Seat Alhambra e 17.880 Volkswagen Eos.
"O mercado mais importante foi a Alemanha (36,9%), seguido pelo Reino Unido (11,1%) e por França (9%)", explicou Dinah J. Kamiske.
A directora financeira salientou o facto de Portugal ter absorvido "apenas 1,3% da produção da Autoeuropa", afirmando existir "potencial para crescer".
"O peso das aquisições a fornecedores portugueses aumentou desde 2007" e até Março deste ano foram recrutados cinco novos fornecedores para a Autoeuropa, salientou.
"Passámos de 51% [de volume de aquisição nacional] em 2007 para os 57% em 2009", disse, referindo que "a Autoeuropa está muito empenhada em estabilizar e até aumentar, nos próximos anos, a aquisição a fornecedores nacionais".
A directora financeira disse que os fornecedores portugueses "trazem a grande vantagem de reduzir os custos dos transportes".
O resultado antes de impostos da Autoeuropa recuou 42% em 2009 para 20,7 milhões de euros e as vendas baixaram 16% para cerca de 1.299 milhões.