O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa considerou, nesta sexta-feira, "muito importante do ponto de vista da dispensa de uma nova assistência financeira internacional" o sucesso de Portugal na oitava e nona avaliações da troika.
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É "muito importante do ponto de vista do regresso aos mercados", disse o governador, à margem do XXIII Encontro de Lisboa entre os Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa.
O governador acrescentou que para aceder aos mercados, Portugal depara-se com "três metas" essenciais. A primeira acaba de ser ultrapassada: "concluir a oitava e nova avaliação [da troika] com sucesso, o que aconteceu", a seguir há ainda a apresentação de um Orçamento para 2014 "em linha com os compromissos constantes do programa de assistência económica e financeira", e, em terceiro lugar, "o cumprimento do chamado semestre europeu, com a apresentação em Bruxelas da trajetória que será seguida pelas finanças públicas nos próximos anos".
Carlos Costa considerou que este roteiro "é muito importante para dar aos nossos credores - que são investidores - a confiança para investirem na dívida pública portuguesa, que é o que nos permite passar a trabalhar com base num financiamento que não é o das instituições financeiras internacionais".
"Espera-se que este passo [o do sucesso na oitava e nona avaliação da troika] convença os mercados de que a economia portuguesa tem condições para fazer face à sua dívida, tem uma trajetória de sustentabilidade da dívida pública e tem vontade e capacidade para honrar os seus compromissos", afirmou o governador do Banco de Portugal (BdP).
"Isto é o que pede qualquer investidor que investe em qualquer obrigação de um título emitido por um devedor, e num devedor soberano é a mesma coisa", acrescentou.