O Banco de Portugal espera que a economia portuguesa destrua mais 3,3% dos empregos durante este ano até conseguir atingir uma "relativa estabilidade" em 2014.
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No Boletim Económico da Primavera hoje divulgado, a instituição diz que esta continuação da destruição de emprego a um elevado ritmo deverá acontecer após uma queda de 4,2% do emprego verificada durante o ano passado, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística.
A destruição de emprego este ano estende-se aos setores privado e público, segundo a instituição, "em linha com a evolução esperada para a atividade económica e as hipóteses relativas às variáveis de finanças públicas".
No próximo ano, o Banco de Portugal antecipa "uma recuperação gradual do emprego no setor privado" e ainda "uma queda menos expressiva no setor público", partindo do pressuposto assumido nas projeções económicas da instituição que a economia volta a crescer em 2014.
A instituição liderada por Carlos Costa não divulga projeções para a taxa de desemprego.
Na apresentação dos resultados da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira, no dia 15 de março, o ministro das Finanças apresentou o novo quadro macroeconómico que incluí projeções revistas bem mais negativas para a taxa de desemprego.
O Governo espera agora que a taxa de desemprego atinja este ano os 18,2% ao invés dos 16,4% anteriormente previstos, e que chegue aos 18,5% no próximo ano, contra o 15,9% anteriormente previstos, em taxas médias anuais. Vítor Gaspar disse ainda que espera o desemprego em termos trimestrais venha a subir até quase 19% na parte final deste ano.