O Banco de Portugal instaurou 106 processos de contraordenação contra 27 entidades nos primeiros seis meses do ano.
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"Os processos de contraordenação foram instaurados maioritariamente na sequência de incumprimentos detetados pela análise de reclamações de clientes bancários, tendo os restantes resultado da fiscalização desenvolvida com base no reporte mensal das TAEG [Taxa Anual Efetiva Global] dos novos contratos de crédito aos consumidores e no âmbito de ações de inspeção", especificou a instituição liderada por Carlos Costa.
Segundo a sinopse das Atividades de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal (BdP), que resume a sua atuação na fiscalização dos mercados bancários de retalho na primeira metade do ano, "os processos iniciados na sequência da análise de reclamações abrangeram 122 reclamações apresentadas pelos clientes bancários".
Paralelamente, o BdP emitiu durante este período 426 recomendações e determinações específicas dirigidas a 68 entidades.
"As recomendações e determinações específicas tiveram por base a realização de ações de inspeção (77% do total de recomendações e determinações específicas emitidas), a fiscalização da publicidade (11,5%) e a análise de reclamações (11,5%)", assinalou o BdP, acrescentando que, "na sequência das ações de inspeção desenvolvidas no primeiro semestre, as recomendações e determinações específicas emitidas incidiram maioritariamente sobre matérias relativas a crédito aos consumidores".