O PCP de Braga lamentou hoje, segunda-feira, em comunicado, que a autoestrada A28 se vá tornar "a mais cara" do país com a portaria que fixa em oito cêntimos o preço por quilómetro nas portagens".
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Para a Organização Regional do PCP "a intenção de transformar as SCUT em autoestradas é um roubo aos trabalhadores, às famílias e às empresas da região, roubo este encabeçado por um governo ao serviço das concessionárias".
"Mais uma vez, este governo está a fazer o serviço sujo para entregar as mais valias de exploração destas vias aos privados", acusam os comunistas.
Acrescentam que, numa região onde predominam micro e pequenas empresas a viverem grandes dificuldades económicas, "portajar as SCUT significa empurrar estas empresas para a desgraça e, com elas, um grande número de trabalhadores, uma vez que AS PME são o principal empregador da região"
O PCP sublinha que, "a confirmar-se esta intenção do governo, o distrito de Braga também será afectado por esta medida. Na verdade, tendo em conta o custo por quilómetro e somando o custo dos troços pagos, estima-se que o preço de uma viagem atinja os 4,05 euros".
"Em que situação fica o objectivo de coesão nacional e de combate às assimetrias que levou à implementação das SCUT?", pergunta.
O PCP solidariza-se, assim, "com as populações, apelando à continuação da luta contra esta intenção criminosa do governo".
Os comunistas lembram, a propósito, que dia 24 levará à discussão na Assembleia da República um projecto de lei que revoga a obrigação de instalar 'chips' nas matrículas dos automóveis, o que inviabilizaria a possibilidade de pagamento as portagens, reafirma a sua posição de sempre contra as portagens nas SCUT".