O primeiro-ministro de Israel afirmou, este domingo, que está disponível para assumir os danos que a guerra em Gaza possa provocar na imagem internacional de Israel, desde que obtenha a vitória no conflito.
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"No que respeita aos danos causados pela propaganda, afirmo: se tiver de escolher entre a vitória sobre os nossos inimigos e a má propaganda contra nós, prefiro a vitória sobre os nossos inimigos, e não o contrário", disse o governante durante uma reunião do Governo, em declarações divulgadas pelo seu gabinete.
Netanyahu reconheceu estar "consciente do preço" que o Estado de Israel está a pagar "a nível diplomático e de propaganda", sublinhando que a melhor saída passa por "estabelecer mecanismos completamente novos" e "pôr fim à guerra o mais rapidamente possível, com a vitória definida".
Tal objetivo significa "eliminar o Hamas, libertar todos os reféns e garantir que Gaza não represente uma ameaça para Israel", precisou.
As declarações de Netanyahu coincidem com a plena ofensiva do exército israelita contra a cidade de Gaza, capital da Faixa de Gaza, onde até há duas semanas se encontravam refugiados cerca de um milhão de palestinianos, muitos dos quais já deslocados de outras partes do enclave.
Segundo o Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês), desde 14 de agosto, quase 41 mil pessoas, a maioria da cidade de Gaza, fugiram para o sul da zona, para onde Israel pretende deslocar a população da cidade.
Netanyahu afirmou hoje que mais de 100 mil habitantes de Gaza já abandonaram a localidade, ainda que não tenha apresentado provas, acrescentando que o exército está a eliminar "líderes terroristas críticos" na cidade de Gaza, que definiu como o "último bastião importante" do Hamas.