A Carris assegurou até às 7.30 horas desta quarta-feita a circulação de 430 dos 500 veículos previstos, apesar da greve dos trabalhadores contra a privatização da empresa.
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Em comunicado, a empresa informou que a Carris garantia, às 7.30, 86% da oferta de serviços, apesar da greve convocada por uma organização sindical, estando os serviços mínimos decretados pelo colégio arbitral a ser integralmente cumpridos.
"Dos 500 veículos programados para o serviço público circulavam 430 viaturas, o que representa 86% da oferta. Destaca-se a rede de ascensores e elevador de Santa Justa em que o cumprimento do serviço foi de 100% em relação ao serviço programado", adiantou a empresa.
A empresa salientou ainda que o "Conselho de Administração da Transportes de Lisboa regista o sentido de responsabilidade dos colaboradores, evidenciado no cumprimento do serviço e na garantia de qualidade do mesmo, que revela elevado respeito pelos clientes".
Por sua vez, Manuel Leal, dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), adiantou que a circulação de autocarros deverá ser afetada nas próximas horas devido à marcha dos trabalhadores.
"Há veículos a recolher. Elétricos e autocarros estão a recolher às estações para os trabalhadores participarem na marcha", contou à Lusa Manuel Leal.
O dirigente da FECTRANS disse que a marcha deverá contar com uma grande adesão dos trabalhadores.
Às 7.30 horas, a circulação dos autocarros da Carris estava a fazer-se "com normalidade", apesar do pré-aviso de greve dos trabalhadores contra a intenção de privatização da empresa.
Manuel Leal explicou que o pré-aviso de greve para todo o dia "pretende criar condições para que os trabalhadores possam participar na marcha contra a privatização das empresas.
De acordo com dirigente, o objetivo da marcha é mostrar que a privatização que o Governo quer fazer vai aumentar os custos para os utentes e piorar a qualidade dos serviços.
Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, Transtejo e Soflusa vão realizar um plenário cerca das 10 horas, junto ao Cais do Sodré, podendo vir a participar na marcha de protesto que tem início previsto para as 10 horas no Cais do Sodré, com direção ao Largo de Camões, um percurso no qual se esperam centenas de trabalhadores e utentes.
A Carris recebeu um pré-aviso de greve para todo o dia de hoje e, por isso, terá constrangimentos no serviço, com perturbações que deverão decorrer até ao final do último serviço do dia. Em funcionamento vão estar, em 50% do regime normal, as carreiras 703 (Charneca - Bairro de Santa Cruz) e 751 (Estação de Campolide - Linda-a-Velha).
O Metropolitano de Lisboa, Transtejo e Soflusa não estão em greve, prevendo-se a participação em plenários e na marcha.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, anunciou no final de fevereiro que a subconcessão das operações do Metro de Lisboa e da Carris deverá estar concluída até ao final de julho.
A Carris e o Metro têm uma administração comum desde o início do ano, que partilham ainda com a Transtejo/Soflusa, mas esta última ficou fora desta proposta de concessão.