<p>Centenas de escolas estão encerradas e milhares de alunos não tiveram aulas hoje, quarta-feira, devido à adesão à greve geral por parte dos professores e dos funcionários não docentes, disse o secretário-geral da Federação Nacional de Educação.</p>
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"Temos por todo o país centenas de escolas encerradas, com milhares de trabalhadores, docentes, educadores de infância e trabalhadores não docentes das escolas a darem a resposta adequada àquilo que são medidas injustas, inadequadas e muitas vezes decididas em cima do joelho", disse Dias da Silva.
O sindicalista, que falava durante uma visita a uma escola que hoje encerrou, a secundária Miguel Torga, em Monte Abraão, Sintra, disse estar "extremamente satisfeito" por constatar que "os níveis de adesão à greve correspondem ao esforço de mobilização".
Dias da Silva garante que ainda é cedo para apurar taxas de adesão à paralisação, mas assegura que centenas de estabelecimentos de ensino estão encerrados e que "vários milhares" de alunos não tiveram aulas.
"O facto de haver escolas que não estão encerradas não quer significar que as actividades lectivas estejam a decorrer. Temos circunstâncias em que trabalhadores de contrato de emprego em inserção estão a assegurar algum enquadramento de alunos. Não estão é a decorrer as aulas", disse.
Os "contratos de emprego em inserção" destinam-se a desempregados beneficiários do Rendimento Social de Inserção e visam "promover a melhoria das competências socioprofissionais" destas pessoas, proporcionando-lhes "uma aproximação ao mercado de trabalho, mantendo-os em contacto com outros trabalhadores e outras actividades", segundo o Instituto do Emprego e Formação profissional.
A CGTP e a UGT realizam hoje uma greve geral conjunta contra as medidas de austeridade, anunciadas pelo Governo em Setembro, que têm como objectivo consolidar as contas públicas, entre as quais os cortes de salários nos trabalhadores do Estado, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento em dois pontos percentuais do IVA.
Esta é a segunda greve geral marcada pelas duas centrais. A primeira realizou-se há 22 anos contra o pacote laboral.