A manifestação da CGTP no Porto encheu, este sábado, a Ponte do Infante e a Avenida dos Aliados. A CGTP fala na maior manifestação da central sindical na cidade.
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A manifestação da CGTP no Porto terá sido "uma das maiores" na cidade. João Torres, da central sindical, estima que entre 50 a 60 mil pessoas aderiram a este protesto que começou com a travessia a pé da Ponte do Infante.
Desde as 15 horas que milhares de pessoas marcharam em protesto contra as "malfeitorias" que "eles" andam a fazer ao país e pediram a demissão do Governo.
À hora marcada para o início do protesto, os acessos à Ponte do Infante, que foram cortados pela PSP, estavam já cheios de populares e coloridos pelas bandeiras da CGTP mas também por cartazes e bandeiras afetas a forças políticas como o Bloco de Esquerda e ao movimento anarquista.
"A luta continua, Governo para a rua", ouviu-se na Ponte do Infante e por todo o percurso da manifestação.
Maria José Pereira veio "com a família toda" de Paredes para se juntar a esta ação de luta. "Querem roubar o emprego ao meu marido", justificou, enquanto o filho galgava o separador central da ponte de bandeira em punho.
Entre as milhares de cartazes que, juntamente com o vermelho das bandeiras da CGTP, deram cor à massa humana que atravessou a Ponte do Infante liam-se palavras de ordem contra algumas das decisões do Governo, como a privatização dos CTT, o corte nos salários da Função Pública e nas pensões.
Um cartaz, com as caras de Cavaco Silva, Paulo Portas e Pedro Passos Coelho, com laivos de felicidade, à volta de uma máquina de jogo destacou-se na multidão.