Cerca de 50 trabalhadores da Cerâmica de Valadares requereram, esta quinta-feira, o subsídio de desemprego devido a salários em atraso, fazendo-o num gabinete montado para o efeito na sede da junta daquela freguesia de Gaia, informou a autarquia.
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De acordo com o presidente da Junta de Valadares, Artur Soeiro Gandra, "prevê-se que até à próxima terça-feira cerca de 200 trabalhadores da Cerâmica de Valadares venham requerer o subsídio de desemprego a que têm direito por via da suspensão do contrato de trabalho, em consequência dos salários em atraso".
A Junta de Freguesia de Valadares, o Instituto de Emprego e a Segurança Social acordaram a instalação de um gabinete de apoio aos trabalhadores da Cerâmica nas instalações autárquicas "dada a forte afluência que se espera e para dar a devida resposta", acrescentou o presidente da Junta, num comunicado remetido à agência Lusa.
Os trabalhadores da Cerâmica de Valadares anunciaram na terça-feira, após um plenário, que "a Segurança Social confirmou que a situação de 'lay-off' na empresa está suspensa" desde sábado.
O administrador da Cerâmica de Valadares, Galvão Lucas, esclareceu já ter sido informado dessa suspensão e garantiu que, "até ao final da semana, será apresentada uma solução para a situação".
"Sabemos também que mais de 200 trabalhadores já avançaram com os processos de suspensão dos contratos de trabalho. É legítimo que isso aconteça. Não temos argumentos para os contrariar", acrescentou o gestor.