Conforto continua a ser a palavra-chave dos novos Citroën C4 e C4X, que chegam este mês ao mercado nacional. O restyling modernizou-lhes as linhas exteriores, harmonizando-as com os restantes modelos da marca, e introduziu mudanças no interior, em especial no painel de instrumentos.
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O modelo é de crucial importância para o fabricante francês, já que, no primeiro semestre de 2024 assegurava o segundo lugar no mercado europeu das berlinas compactas do segmento C, o terceiro posto entre os modelos com motores térmicos e um lugar no top-5 nas berlinas elétricas.
O C4 X complementa a oferta com uma carroçaria de aspeto mais desportivo.
A grande novidade é mesmo o fim das motorizações a Diesel. Os dois modelos estão disponíveis apenas em versões 100% elétricas (e potências de 136 e 156 cavalos), híbridas (100 e 136 cavalos) e a gasolina, esta com 130 cavalos.
Conforto e espaço
Na apresentação do modelo, realizada nos arredores de Barcelona, os responsáveis da Citroën enfatizaram o conforto e o espaço interior dos novos C4.
Que foi conseguido - o primeiro - graças à suspensão com Batentes Hidráulicos Progressivos e aos bancos, ambos batizados de Citroën Advanced Comfort®.
E, ao longo de um ensaio com cerca de 150 quilómetros, percorridos maioritariamente em estradas de montanha, o C4 revelou uma suavidade de rolamento fora do comum, sem prejuízo de um comportamento rigoroso.
O espaço interior também surpreende (a marca anuncia 198 mm de espaço para os joelhos na segunda fila de bancos, uma inclinação do encosto a 27º, uma largura exterior de 1,80 metros, que permitem sentar três pessoas lado a lado) bem como a capacidade da bagageira, que atinge os 510 litros.
Gostamos menos da simplicidade gráfica do sistema de infoentretenimento e do reduzido número de entradas para carregamento de dispositivos eletrónicos. À frente há uma entrada USB-C e outra USB-A, mas os ocupantes do banco traseiro apenas dispõem de uma USB-A.
Equipamento
Os novos C4 e C4X incluem até 20 sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS), que utilizam tecnologias automatizadas, como sensores e câmaras.
Dispõe de Travão de Segurança Ativo (Active Safety Brake), que intervém quando é detetado um risco de colisão, travando automaticamente o veículo para evitar um acidente. Funciona de dia e de noite e reconhece vários obstáculos, incluindo peões e ciclistas.
Por outro lado, o sistema de alerta de risco de colisão atua a partir dos 30 km/h e avisa o condutor para o perigo potencial de colisão com o veículo da frente. O Cruise Control Adaptativo com Stop & Go ajusta a velocidade segundo o veículo da frente, mantendo uma distância de segurança e até mesmo parando.
Combinando com este último sistema, a assistência ao condutor em autoestrada (Highway Driver Assist)e o aviso de saída da faixa de rodagem - um sistema de condução semiautónoma de Nível 2 - permite ao carro assumir a condução, mantendo a vigilância e o controlo do condutor.
Motorizações
Vão estar disponíveis os motores Híbrido de 136 cavalos e Híbrido de 100 cavalos e, ainda, uma versão térmica com motor turbo 130 EAT8 (caixa automática de oito relações) de 1,2 litros de cilindrada. 2
O hibrido mais potente, que oferece 230 Nm de binário às 1.750 rpm, incorpora um turbocompressor de geometria variável e uma corrente de distribuição, melhorando o seu desempenho e fiabilidade.
Simultaneamente, o motor elétrico síncrono de ímanes permanentes debita 15,6 kW (21 cv) e 55 Nm de binário, gerindo as necessidades energéticas registadas a baixo binário e a baixa velocidade.
O sistema é complementado por um motor de 48V para um arranque rápido do motor de combustão interna, uma caixa de velocidades de dupla embraiagem eletrificada ë-DCS6 de seis velocidades e uma bateria de iões de lítio de 48V e 432 Wh colocada sob o banco dianteiro esquerdo.
A versão menos potente foi concebida com a mesma base técnica e tem um binário de 205 Nm às 1.750 rpm. Este motor sobrealimentado de 1,2 litros foi desenvolvido para a hibridação e incorpora 40% de novos componentes.
A gama será completada pelas versões elétricas de 115 kW e 100 kW (136 e 156 cavalos, respetivamente), que oferecem até 416 e 354 quilómetros de autonomia, respetivamente, no C4, e 427 e 360 quilómetros no C4 X. As de maior autonomia usam uma bateria de 54 kWh, capacidade que passa a ser de 50 kWh nas outras versões.
A tecnologia V2L (Vehicle-to-Load), que permite a um veículo elétrico forneça eletricidade a dispositivos externos, transformando o automóvel numa fonte de energia móvel estará disponível como acessório a partir do primeiro semestre de 2025.
Preços
As versões elétricas começam nos 39.065 euros (nível de equipamento You) e 40.725 (Plus), respetivamente para os motores de 136 e de 156 cavalos.
Os híbridos custam a partir dos 29.215 euros (100 cavalos) e os 30.975 euros (136 cavalos e nível Plus). Está também disponível, o 1.2 PureTech 130 EAT8 nas versões Plus e Max, com preços a iniciar nos 29.475 euros (Plus) e 32.015 euros (Max).